Missão na Amazónia peruana

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) e o Programa ECCLESIA, do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja, divulgam neste Verão breves documentários sobre a Igreja perseguida em várias partes do mundo. Os programas são transmitidos no espaço televisivo da Igreja Católica na RTP 2, pelas 18h30.

O primeiro foi transmitido no dia 5 de Agosto, centrando-se na acção dos leigos missionários em Iquitos, na Amazónia peruana, onde existem problemas graves na família, na juventude e na área dos direitos humanos.

Adriana Huerta Gaza fala da sua experiência: “Quando comecei a analisar o panorama que me rodeia, as pessoas e as coisas, compreendi como se vivia aqui e pensei: «Meu Deus, vivem como se estivessem nos anos 50». Hoje, depois de 14 anos de estar aqui, acho que vivem como se estivessem no século XIX”.

Já Mirella Pérez Casanova admite que “ao chegar aqui, vi tudo o que me tinham contado: muita injustiça, muita pobreza. Perguntava-me: como é possível que ninguém se digne a oferecer umas horas ou uns dias do seu tempo para servir os outros? Por isso eu quis vir”.

D. Julián García Centeno, Vigário Apostólico de Iquitos, diz que “os leigos são parte da Igreja. O plano pastoral que temos aqui desperta neles um sentido eclesial, de modo que se entusiasmam com este plano pastoral porque os compromete”.

Esta jurisdição eclesiástica, tem uma superfície de 94 mil km2 e alberga umas 600 mil pessoas. Iquitos está rodeada por rios e lagoas. Só se pode chegar ali de avião ou depois de vários dias de viagem, por barco.

O isolamento e a falta de desenvolvimento socioeconómico provocam pobreza e, os habitantes, na sua maioria, só podem procurar sustento no pequeno comércio informal.

O Vicariato de Iquitos conta com 54 religiosos e religiosas e com 25 sacerdotes, o que significa que por cada sacerdote há uma média de 24 mil habitantes e 4000 km2 de território. Por tudo isto, a presença de leigos missionários constitui um apoio fundamental para a Evangelização da Amazónia.

Javier Legorreta, Director do Departamento para a América Latina da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) diz ter conhecido os missionários leigos quando a Instituição visitou este Vicariato Apostólico.

“Ao analisar os projectos da nossa Obra podemos ver a importância do trabalho realizado pelos leigos desde há décadas atrás. Estes leigos são fruto da formação proporcionada pela Igreja há 10 ou 15 anos”, explica.

Para este responsável, “não se trata só de uma formação teológica ou filosófica, mas também de uma formação civil como profissionais, como engenheiros, como arquitectos, como advogados, como defensores dos direitos humanos”.

A vida de um leigo missionário não é fácil, é necessário um grande espírito de serviço para deixar a terra natal, integrar-se a culturas diferentes e muitas vezes superar a frustração perante as situações que não podem ser modificadas.

Adriana Huerta Garza assegura que “ver o rosto alegre das pessoas que servimos enche de alegria o meu coração, isso é o que me assegura que vale a pena estar aqui”.

Departamento de Informação da Fundação AIS

 

 

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Agência ECCLESIA

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