Missão: Leigos para o Desenvolvimento procuram voluntários internacionais com o desafio «Novo ano, sonhos por realizar?»

Organização católica tem projetos em África e vai realizar formação intensiva, entre março e junho

Lisboa, 07 fev 2024 (Ecclesia) – A associação católica Leigos para o Desenvolvimento vai abrir um modelo de formação intensivo para voluntários internacionais que queiram “partir em missão” ainda em 2024, promovendo hoje uma sessão de informação e esclarecimento, em Lisboa.

“Nós pretendemos que as pessoas venham ter connosco para saber mais sobre os projetos dos Leigos, o que é que nós fazemos no terreno e, em particular, como é que é o processo de formação de voluntários para partir para o terreno. Nós temos alguns modelos diferentes de formação, para abranger várias disponibilidades e pessoas com diferentes ritmos de vida e este modelo é um bocadinho mais intensivo”, disse Mariana Matos, em entrevista à Agência ECCLESIA.

Os Leigos para o Desenvolvimento (LD) dinamizam hoje uma sessão de apresentação da associação católica, informação e esclarecimento sobre a missão e os projetos com o objetivo de “apelar ao voluntariado internacional”, a partir das 21h00, no CUPAV – Centro Universitário Padre António Vieira, em Lisboa.

A organização, ligada à Companhia de Jesus (Jesuítas), vai apresentar também o seu Modelo de Formação Intensivo, que se destina a jovens dos 21 aos 40 anos, interessados numa experiência de “voluntariado missionário em África”, em Angola e em São Tomé e Princípe.

Mariana Matos adianta que esta formação intensiva começa no próximo mês de março e vai realizar-se, maioritariamente ao fim de semana, até junho.

“A ideia dos projetos dos Leigos é trabalhar no terreno durante um tempo definido, com uma comunidade muito específica e, ao fim desse tempo, nós vamos embora e os projetos continuam sozinhos e autónomos. É um trabalho de capacitação e de facilitação junto das comunidades, e trabalhamos em várias áreas diferentes: desenvolvimento comunitário, educação, alguma formação mais virada para a área da saúde”, desenvolveu.

A entrevistada, que já esteve em missão com os LD, assinala que a organização não-governamental para o desenvolvimento tem “o cuidado” de perceber que necessidades “é que as pessoas identificam”, que ajuda é que podem dar ou que trabalho é que podem fazer com elas.

Os futuros missionários vão partir, pelo menos, por um ano, mas “pode ser dois, três” e há pessoas que já fizeram missão durante quatro anos, realça Mariana Matos, adiantando que pedem candidatos com “curso superior em qualquer área”, mas “muita experiência profissional ou um curso profissional também é opção”, e depois têm a formação mais específica para o projeto que lhe é atribuído.

“Quando está a aproximar o fim do ano, mais ou menos no verão, faz-se um período de discernimento, cada pessoa decide regressar ou prolongar mais um ano. E esse ano adicional pode não ser naquela missão, pode ir para outra missão que esteja a precisar mais do seu perfil”, explica.

Mariana Pereira, atualmente, pertence aos órgãos sociais dos Leigos para o Desenvolvimento, é tesoureira, e conta que quando um missionário regressa “ganha o estatuto de ancião”, a associação católica tem “cerca de 450 anciãos”, e “é-lhes pedido um variadíssimo leque de opções”, para além trabalho mais associativo, também a formação a voluntários, existe um grupo de acolhimento ao voluntário.

“É toda uma rede que tentamos manter ativa e dinâmica para que cada vez mais pessoas saibam que nós existimos e espalhar o que fazemos”, explicou no Programa ECCLESIA, transmitido esta quarta-feira, na RTP2.

Os Leigos para o Desenvolvimento são uma ONGD católica, que trabalha há mais de 37 anos em prol do desenvolvimento em países de expressão portuguesa, no último ano beneficiaram dos seus projetos “cerca de 20 mil pessoas”.

HM/CB/OC

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Agência ECCLESIA

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