Missão da Igreja continua actual e urgente

Jornadas Missionárias terminaram ontem e mostraram leigos comprometidos A Missão da Igreja “continua actual e urgente” e a Missão “tem o seu coração na Igreja local” são duas das conclusões das Jornadas Missionárias que terminaram dia 16 de Setembro, em Fátima. Cerca de 500 participantes, oriundos de várias diocese do país, desde o Algarve ao Minho, encheram o Centro Paulo VI, para uma reflexão conjunta sob o tema «Percursos e Actualidade da Missão “Ad Gentes”, 40 anos após o Vaticano II». “O Concílio Vaticano II abriu novos caminhos à Missão da Igreja. O percurso destes 40 anos tem manifestado um grande esforço do Magistério e da Teologia em responder às questões actuais: urgência da Missão universal da Igreja, a mediação de Jesus na História da Salvação, a inculturação, o diálogo inter-religioso e a defesa da dignidade e liberdade de todo o ser humano” aponta o texto de conclusões destes dias de trabalhos. O noite de 14, começou com a palestra sobre “A igreja e o mundo num dinamismo de missão segundo o Vaticano II” de Guilherme Oliveira Martins. O Presidente do Tribunal de Contas definiu o serviço “como uma ideia indispensável em toda a vida”, nomeadamente na vida profissional. Por sua vez, ligou “o serviço aos outros” à missão. Oliveira Martins caracterizou a indiferença como o mais grave pecado da sociedade. A vida cristã tem o seu alicerce em dois pólos – acção e contemplação. São complementares um do outro e originam o compromisso. Apresentou como modelo desta noção bipolar, “a vida do seu amigo e saudoso Sousa Franco”. Na palestra “A Evangelização é sempre nova” o seu autor, João Duque, defendeu a Nova Evangelização “é um processo constante, de transformação à luz de cada época cultural”, distanciando-se assim, do conceito de Nova Evangelização porque Re-evangelização de povos já cristãos. O teólogo e professor da Universidade Católica afirmou que o que é “essencial à evangelização é a defesa e afirmação da liberdade pessoal de cada ser humano” e ser “voz dos que não têm voz”, salientou o professor. Já no dia 17, o Pároco de Mem Martins, o Padre Mário Pais, partilhou a sua experiência de missão em São Tomé e Príncipe, onde referiu que “mais do que fazer, a experiência de missão sintetiza-se no “estar”, com os outros”. Acompanhou oito pessoas durante um mês e apontou que no próximo ano “ficarão dois meses”. Mas, o grande objectivo é “criar lá uma base de apoio”, refere. Na sua paróquia – salientou – a missão está entranhada. Há um missionário da Consolta a trabalhar em Moçambique que é daquela paróquia, Há leigos ligados à Consolata (casos dos Jovens Missionários e das Mulheres Missionárias), entre outras experiências de missão. O que significa que “não é um projecto do padre Mário, mas da paróquia”. A edição de 2006 das Jornadas Missionárias terminou com Eucaristia onde se celebrou o envio de leigos e religiosos para missão. No texto de conclusões, os participantes congratulam-se ainda “com a iniciativa da Conferência Episcopal em promover um Congresso Nacional Missionário, a realizar em 2008, em Fátima. Portugal é de novo convocado para a Missão” pode ler-se.

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Agência ECCLESIA

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