Patriarca de Lisboa presidiu a uma Missa, nas Caldas da Rainha, que evocou os cinco séculos de legado da «Princesa Perfeita»

Caldas da Rainha, 17 nov 2025 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa presidiu à Missa que assinalou os cinco séculos de legado da Rainha Dona Leonor, nas Caldas da Rainha, e afirmou que as obras da “Princesa Perfeita” tinham por propósito “dar às pessoas horizontes de esperança”.
“As suas obras não se propunham somente a solucionar problemas, ou a colmatar carências, mas a dar às pessoas horizontes de esperança, de vida nova, de recomeços após a queda”, afirmou D. Rui Valério, na Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, no último sábado.
O patriarca de Lisboa recordou a “instituição maior” fundada pela Rainha D. Leonor, as Misericórdias, sublinhando que não tinha o objetivo de se fechar na “resolução de problemáticas imediatas”, mas encarar “caminhos de desenvolvimento humano e pessoal, possibilidades de superação de realizações, situando-se na linha de continuidade da obra redentora de Cristo”.
“A marca da obra de D. Leonor está inspirada no carácter absoluto do destino do ser humano; a Princesa Perfeita agiu não em nome do passado, nem das circunstâncias do presente, por mais dolorosas e dramáticas que fossem, mas atuou a partir da eternidade, da perenidade”, afirmou.
D. Rui Valério evocou a “grandeza da caridade” a “fé profunda e perseverante” da Rainha D. Leonor, que “tinha o seu coração voltado para Deus, sustentada pela certeza de que o amor é mais forte do que o sofrimento, e para os irmãos sobretudo os mais pobres e vulneráveis”.

O patriarca de Lisboa afirmou que a ação da Rainha D. Leonor “é hoje testemunho de um grande coração generoso, mas também de uma profunda e forte santidade”.
“Com o legado da Rainha, Portugal não só se tornou mais rico, mais solidário, mais atento aos outros, mas também mais santo”, afirmou D. Rui Valério, concluindo que na “vida desta grande Rainha e senhora está uma verdadeira santa, digna de subir às honras dos altares”.
O município das Caldas da Rainha evocou o legado da Rainha D. Leonor, que fundou o Hospital Termal ao redor do qual se desenvolveu a atual cidade.
Na manhã de sábado, dia 15 de novembro, Vítor Serrão, professor emérito da Universidade de Lisboa, proferiu a conferência “O Mecenato Artístico da Rainha D.ª Leonor e as suas continuidades quinhentistas: a Pintura, do Mestre da Lourinhã a Belchior de Matos”, integrada no programa evocativo dos cinco séculos de legado da Rainha D. Leonor.
PR
