Mínimo absoluto de nascimentos resulta de política «desastrosa e suicida» do poder central

A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) considera que o novo mínimo absoluto de nascimentos em Portugal – pouco mais de cem mil em 2009 – resulta de uma politica “desastrosa e suicida” do Governo e do Parlamento, “que se têm entretido com ‘causas fracturantes’ na esperança de distrair os portugueses dos verdadeiros problemas que enfrentam no seu dia-a-dia e que comprometem seriamente a sustentabilidade do país”.

A diferença entre os nascimentos ocorridos o ano passado – 100.026 – e o “índice sintético de natalidade” necessário para a renovação das gerações foi de 60 mil bebés, refere um comunicado da APFN.

No documento acusa-se o Instituto Nacional de Estatística de continuar “a fazer projecções surrealistas, assumindo que a taxa de natalidade vai aumentar”. De acordo com a Associação de Famílias Numerosas, as projecções de “população residente” elaboradas por aquele Organismo estão “sistematicamente erradas”.

Para a APFN, “em vez de se celebrar” o centenário da República, “dever-se-á aproveitar a oportunidade para se reflectir sobre o negro futuro que se abate sobre nós e os nossos descendentes (a ‘morte lenta’, conforme qualificação por organismos internacionais) e a forma de o (ainda) evitar”.

Os dados referidos pela Associação de Famílias Numerosas baseiam-se nos rastreios efectuados em 2009 no Instituto de Genética Médica Jacinto de Magalhães, no Porto, que centraliza as análises das amostras de sangue recolhidas através da picada no calcanhar dos recém-nascidos.

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Agência ECCLESIA

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