Militares portugueses são sinónimo de paz

Peregrinação Nacional a Fátima Os militares portugueses que se encontram em missões de paz, por todo o mundo e, de forma especial, em Timor, foram recordados em Fátima na 25ª Peregrinação Nacional Diocese das Forças Armadas e de Segurança. Milhares de pessoas ligadas a esta Diocese participaram, nos dias 8 e 9 de Junho, num encontro que foi presidido pelo Bispo Castrense, D. Januário Torgal Ferreira e que teve como tema “Tende as vossas lâmpadas acesas”. “Nos tivemos muito presentes os homens da GNR que estão em Timor, lembrámos os capelães que estão no Kosovo, na Bósnia e no Afeganistão”, confessa D. Januário. Para este responsável, a presença de militares portugueses nestes cenários deve ser sempre “em ordem à paz e para dissuadir toda e qualquer violência, porque por esta não se chega a nenhuma solução”. “Ilusoriamente, a solução pode ser um compasso de espera, mas depois chega a hora da vingança”, alerta, pedindo que as pessoas tenham o bom-senso para “não avançar para operações militares que dividem e destróem, nas quais as pessoas olham para os militares estrangeiros como invasores”. Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Januário explica que a ideia de fundo desta peregrinação, em cujo encerramento marcaram presença várias autoridades políticas, é que os cristãos “tenham uma cultura da verdade”. Apesar de “um grande número” dos militares não serem cristãos, o Bispo das Forças Armadas e de Segurança espera dos cristãos um testemunho dos “valores” que orientam o seu agir. “É muito importante ter um testemunho sério, de limpidez, mais do que pelas palavras”, acrescenta. Noutro âmbito, o Bispo espera sinais da tutela para ouvir as reivindicações dos militares. “Gostava de ver sinais que nos ajudassem a esbater estas tensões”, afirmou D. Januário Torgal Ferreira durante a 25ª peregrinação dos militares a Fátima. O prelado espera que as pessoas continuem “a ser ouvidas e acolhidas” , por parte da tutela às reivindicações dos militares e polícias para inverter a depressão económica. D. Januário Torgal Ferreira apelou “para que na GNR, na Polícia e nos três ramos das forças armadas, apareçam um, dois, três sinais, nem que sejam símbolos, que nos digam que estamos a subir a montanha e a depressão está a diminuir”. “Fico sempre triste quando vejo problemas sociais no domínio das forças de segurança e forças militares”, disse.

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