Militares portugueses de partida para o Líbano «em plena missão de paz»

Antes da partida para o Líbano marcada para o próximo dia 25, os militares portugueses estiveram num encontro com o seu Bispo, D. Januário Torgal Ferreira, em Fátima. Tempo para conversar, celebrar a eucaristia na Basílica e também partilhar uma refeição, num pleno convívio. O Bispo do Ordinariato Castrense deu conta à Agência ECCLESIA do “pleno sentimento de partir em missão”. Uma convicção que acompanha os militares que “escolheram realizar esta tarefa, sem precisarem de sentimentos de pena, pois esta é a sua vocação”. D. Januário Torgal Ferreira acrescenta, no entanto, que os militares esperam que a opinião pública portuguesa, “os apoie, os acompanhe e compreenda”, sem privilégios, mas “sem serem esquecidos”. O Bispo do Ordinariato Castrense considera que “os militares são grupos fundamentais para a segurança da vida e do mundo”, por isso se afirma que “vão numa missão de paz”. A acompanhá-los estará o capelão militar, Frei Armando Teixeira. Recorde-se que o Exército português vai reforçar o apoio a civis no sul do Líbano. A primeira unidade de engenharia, que cessa funções no final de Maio, teve como objectivo primordial a construção do aquartelamento e o apoio técnico à instalação de outras estruturas das forças das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL). Parte agora a segunda unidade, que vai render os militares portugueses no terreno desde Novembro de 2006, que para além do apoio à construção de equipamentos e aquartelamentos, conta realizar “recuperações de itinerários que estão bastante degradados” bem como “plataformas para escolas, creches e hospitais”, explicou o tenente-coronel Rodrigues do Santos à Agência Lusa. Apesar de o principal objectivo serem os trabalhos de reconstrução, os militares portugueses vão centrar-se também na segurança pessoal e cada pelotão de construção terá uma equipa de protecção individual. Trata-se de um “risco que não é totalmente negligenciável”, disse Rodrigues dos Santos, apesar de a força portuguesa que vai ser agora substituída não ter enfrentado qualquer tipo de ataque directo da população. A presença de militares portugueses no Líbano teve início em Novembro de 2006 depois do Governo português ter assumido o compromisso de participar na reconstrução daquele país, integrado numa força das Nações Unidas. Estas forças têm como responsabilidade o cumprimento do cessar-fogo entre o Hezbollah e Israel, apoiando o exército libanês na recuperação do controlo do sul do Líbano às milícias xiitas. Nesta área, os portugueses estão directamente sob o comando da UNIFIL e vão apoiar as forças das Nações Unidas bem como ONG’s, operações humanitárias e as populações civis, sempre em articulação com as Nações Unidas. Nesse sentido, além do exercício das obras de reconstrução, manutenção de estradas ou instalação de pré-fabricados, os militares que são agora enviados para o Líbano receberam treinos de inactivação de explosivos ou defesa de ataques.

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