Militares chamados a «unir e reconciliar»

D. Januário Torgal Ferreira presidiu à 31ª peregrinação da Diocese das Forças Armadas e de Segurança ao Santuário de Fátima

Fátima, Santarém, 15 jun 2012 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança exortou hoje os militares e agentes policiais a permanecerem fiéis no apoio aos mais fracos e oprimidos, apesar das dificuldades causadas pelos cortes salariais impostos pelo Governo.

No segundo e último dia da 31ª peregrinação da Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança ao Santuário de Fátima, D. Januário Torgal Ferreira sublinhou que o dever daqueles agentes é “estar ao lado” dos que “continuarão sem estatuto enquanto o orgulho e o egoísmo forem o código da maioria dos setores do mundo”.

De acordo com um comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o prelado castrense aproveitou a eucaristia de encerramento do evento, esta manhã na igreja da Santíssima Trindade, para recordar aos diversos corpos de intervenção espalhados pelo país a natureza da sua missão, em tempo de crise.

“A missão da Diocese, nascida do coração de um Deus assassinado e redivivo, nunca poderá ser para dividir; ao contrário, sempre será para unir e reconciliar”, realçou D. Januário Torgal Ferreira.

O bispo teve ainda uma palavra especial para todos os “soldados desconhecidos” que procuram recuperar a esperança, “lancetados pelo desamparo e abandono, pela pobreza e miséria, pelas devassas e calúnias, pelo desassossego e angústia”.

Subordinada ao tema “Maria, Rainha da Paz”, a romaria das Forças Armadas e de Segurança à Cova da Iria contou também com a presença de funcionários civis, familiares e amigos.

Além da oração e reflexão espiritual próprias deste tipo de iniciativas, os peregrinos dedicaram algum tempo ao debate sobre a crise económica e social, através de uma conferência intitulada “Da crise económica à crise ética e espiritual”, apresentada pelo padre Rui Valério.

D. Januário Torgal Ferreira retomou a discussão reforçando alguns “princípios éticos” que compõem a mensagem cristã, numa altura em que as “prioridades” sociais parecem cada vez mais distantes daquelas que “brotam do Evangelho”.

“Entrega ao outro o que é dele, e serás justo; dá ao outro do que é teu, e serás solidário; procede com o outro como quererias que ele procedesse contigo, e na tua rua despertará a paz”, disse o bispo aos participantes.

JCP

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