Milhares pela paz na Póvoa de Varzim

Milhares de pessoas anónimas, famílias inteiras oriundas de toda a região, participaram, segunda-feira, na Póvoa de Varzim, numa das mais belas e simbólicas “orações” pela Paz: o lançamento das flores brancas da Taça da Paz ao oceano. Este foi um gesto de paz, encarado por muitos como uma «peregrinação», mas que não terminou naquele local. Antes iniciou-se e ganhou força para perdurar um ano inteiro. Passavam poucos minutos para além das 16h00 quando iniciou a cerimónia que teve lugar no interior do Porto de Pesca, no já denominado “Cais da Paz”, junto ao Instituto de Socorros a Náufragos. Gente de todas as idades, não só da Póvoa de Varzim como de muitos concelhos vizinhos concentrou-se naquele local para ouvir falar de paz, fazer um minuto de silêncio e lançar uma flor branca ao mar que não divide, mas que une os povos da terra. Celebrar a Paz é já uma tradição na Póvoa de Varzim. Desde que, há seis anos, se começou a organizar o Encontro pela Paz que aquela cidade é vista por muitos como a “capital” da Paz em Portugal. A iniciativa tem crescido ano após ano, conseguindo granjear o reconhecimento de inúmeras figuras públicas e instituições do país. Este ano, com o intuito de persuadir mais autarquias a seguir o exemplo da Póvoa de Varzim, e com elas, muitas instituições da sua área de influência, foram enviadas cartas a todos os municípios e universidades portuguesas para que se associem à iniciativa. Foram convidados para o mesmo efeito muitos dos governos regionais de Espanha, particularmente os municípios da Galiza. Ao Diário do Minho, Mário Ferraz – responsável pelo encontro e seu principal mentor – revelou que a resposta ao apelo lançado tem tido retorno através de cartas e mensagens de correio electrónico. «Dizem que estão connosco e nos apoiam», refere aquele responsável, indicando, contudo, que «é preciso fazer mais». «A nossa ideia era que esta iniciativa se estendesse em cada terra, em cada concelho, cidade, vila ou aldeia de Portugal, de Espanha e do mundo inteiro», frisou Mário Ferraz. Salientando que esta é uma tarefa «que não tem fim», o mentor do Encontro pela Paz aguarda que outros como ele próprio agarrem na ideia e a promovam nas suas comunidades.

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Agência ECCLESIA

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