Migrantes pedem livre circulação nas fronteiras

Movimentos sociais e organizações da sociedade civil, de 84 países, exigem na «Declaração de Rivas» que os direitos humanos sejam garantidos em todas as sociedades, em todas as etapas dos processos migratórios, pelo direito de ir e regressar. Reunidos em Rivas Vaciamadrid, na Espanha, representantes de movimentos e organizações ligadas às migrações participaram no II Fórum Social Mundial das Migrações(FSMM)e no final tornaram pública uma declaração onde denunciam que “a acção das empresas multinacionais, a dívida externa, a perda de soberania alimentar, o comércio injusto, a espoliação de recursos naturais e os conflitos armados são causa de que as pessaos se vejam forçadas a deslocar-se e a emigrar”. Por isso exigem que “não se criminalizem os migrantes pelo facto de não terem papéis, que se anulem as leis sobre os estrangeiros que contradigam o direito internacional dos Direitos Humanos e que se garanta o direito à livre circulação”. Em declarações à Agência ECCLESIA, a Irmã Celide Bom, religiosa Scalabriniana, depois de participar neste Fórum, acentuou o valor da Declaração de Rivas e a necessidade de que “não haja mais fronteiras e que o homem possa ser livre”. Reunido entre os dias 22 e 24 de Junho, no II FSMM foi decidido abrir um espaço de redacção conjunta da Carta Mundial dos Migrantes, que será discutida no próximo Fórum Social Mundial em 2006, em Nairobi.

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