Cardeal-patriarca assinalou jornada universal da Igreja na Paróquia na Buraca
Lisboa, 27 set 2020 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa presidiu à Missa que assinalou o Dia Mundial do Migrante e Refugiado na Paróquia da Buraca, no Concelho da Amadora, e afirmou que “é preciso fazer muito mais” para integrar quem chega à Europa.
D. Manuel Clemente lembrou que chegam, todos os dias, “à porta da Europa muitas pessoas à procura daquilo que não têm, infelizmente, nas suas terras” e disse que as dificuldades na sua integração são “um problema muito grande” que reclamam uma resposta de todos.
“Quando nós os acolhemos, é o próprio Cristo que acolhemos”, afirmou.
O cardeal-patriarca exortou os cristãos a fazerem mais, seguindo o exemplo de Cristo, “indo ao encontro dos outros, sobretudo daqueles que mais precisam de ser acompanhados”.
“Cristo está à nossa espera, precisamente onde veio ao nosso encontro: nos outros, nos mais pobres, nos mais pequenos, nos mais desamparados. Quando nós os acolhemos, é o próprio Cristo que acolhemos. E isto é a maior conversão que nós temos de fazer, porque isto acontece todos os dias”, afirmou.
D. Manuel Clemente presidiu à Missa na Paróquia da Buraca, na Vigararia da Amadora, lembrando todos os que, há 60, 70 anos, quando nessa localidade “existiam campos de cultivo”, deixaram as suas origens, em Portugal e África, para ali procurarem “um melhor futuro para todos”.
“Este é um bom local para nós sermos cristãos a sério, para nós aprendermos que este mundo que Deus nos oferece é um mundo de todos para todos!”, referiu o cardeal-patriarca.
“Deus está connosco nos outros, sobretudo naqueles com quem Cristo mais se identificou: os mais pobres e os mais necessitados. É preciso saber que quando nós lhes damos atenção, damos atenção a Cristo. Aí é que sabemos o que Deus pensa e o que Deus quer”, afirmou.
A Igreja Católica assinala neste domingo, 27 de setembro, o 106.º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, com o tema ‘Forçados, como Jesus Cristo, a fugir. Acolher, proteger, promover e integrar os deslocados internos’.
PR