Francisco encontrou-se hoje no Vaticano com os missionários scalabrinianos
Cidade do Vaticano, 29 out 2018 (Ecclesia) – O Papa sublinhou hoje no Vaticano a necessidade de uma Igreja Católica capaz de intervir na ameaça desumanizadora que paira sobre milhões de refugiados e migrantes, sem teto nem nação.
“Hoje cada migrante corre o risco de se tornar numa pessoa desarraigada, sem rosto, sem identidade. Esta é uma perda gravíssima que pode ser evitada com a escuta, caminhando ao lado dessas pessoas e comunidades”, frisou Francisco, durante uma audiência esta segunda-feira com um grupo de missionários scalabrinianos.
A congregação dos Missionários de São Carlos Barromeu, cuja obra passa muito pelo setor pastoral das migrações, em especial no Apostolado do Mar, está em Roma a promover o seu Capítulo Geral, guiado por um novo superior, o padre brasileiro Leonir Chiarello.
No encontro com os participantes deste evento, o Papa argentino salientou que a intervenção da Igreja Católica na crise migratória, deve ter como base “encontrar estradas sempre nova de evangelização e proximidade”.
“Atualmente, como no passado, esta missão acontece em contextos difíceis, por vezes de desconfiança e de preconceito, até mesmo de rejeição de quem é estrangeiro”, referiu Francisco, que incentivou os scalabrinianos a um trabalho cada vez mais “corajoso e perseverante”, no sentido de “levar o amor de Cristo aos que, distantes da pátria e da família, correm o risco de se sentiram inclusive distantes de Deus”.
Os missionários scalabrinianos foram fundados em 1887 pelo Beato João Batista Scalabrini para apoiar os emigrantes italianos que partiam nesse tempo para o continente americano.
JCP