MIgrações: Governo distingue 50 anos da Obra Católica

Feliciano Barreiras Duarte reconheceu o pioneirismo da Igreja

Fátima, Santarém, 21 jan 2012 (Ecclesia) – O governo de Portugal irá distinguir a Obra Católica Portuguesa das Migrações para reconhecer “de forma mais solene” o trabalho realizado ao longo das últimas décadas, disse Feliciano Barreiras Duarte.

O secretário de Estado Adjunto do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares anunciou que decidiu atribuir este “louvor do Estado Português” à Obra Católica Portuguesa de Migrações e a “vários dos seus responsáveis” durante este ano 2012, quando a Obra assinala 50 anos de fundação.

Intervindo na sessão de abertura dos 50 anos da OCPM, Feliciano Barreiras Duarte reconheceu o pioneirismo da Igreja Católica no trabalho com os migrantes, “muito antes do Estado Português”.

“Neste particular, a Igreja Católica esteve sozinha no terreno”, referiu Barreiras Duarte, destacando o trabalho de presença, análise dos problemas e procura de soluções para as populações migrantes.

O membro do Governo recordou a aposta da administração pública nesta matéria quando aumentou, de forma significativa, a chegada de imigrantes a Portugal e desafiou a OCPM e outras organizações a desenvolverem projetos em cooperação entre os serviços do Estado e as instituições da sociedade civil.

“Todos em conjunto iremos continuar a encontrar as respostas para os desafios que se colocam nesta matéria”, afirmou Barreiras Duarte.

Em relação aos portugueses que optam pela emigração, outro membro do Governo, José Cesário, disse que “desenvolver parcerias” é o objetivo do seu trabalho na Secretaria de Estado das Comunidade, reafirmando o papel da Igreja Católica no acompanhamento dos emigrantes portugueses, como explicou em entrevista recente à Agência ECCLESIA.

Na apresentação do programa de comemorações dos 50 anos da OCPM, o atual diretor da Obra disse que estão planeadas várias atividades que têm por finalidade “evocar a memória para projetar o futuro”.

Frei Francisco Sales Dinis anunciou, durante a sessão de abertura das comemorações, que decorreu hoje em Fátima, que o trabalho realizado ao longo de 50 anos será apresentado num Encontro Internacional de Reflexão e Partilha, a realizar entre os dias 2 e 6 de julho, em Lisboa.

A publicação da obra “A Igreja face ao fenómeno migratório: 50 anos da OCPM”, da autoria de Beatriz da Rocha Trindade e de Eugénia Quaresma é outra iniciativa que assinala o meio século de existência da OCPM.

Segundo o diretor desta organização da Igreja Católica em Portugal, que irá promover também a realização de uma conferência Internacional, no mês de outubro, um momento significativo das comemorações vai acontecer na Peregrinação Internacional do Migrante a Fátima (12 e 13 de agosto), onde espera poder contar com o presidente do Conselho Pontifício para os Migrantes e Itinerantes, D. Antonio Maria Vegliò.

A Obra Católica Portuguesa das Migrações é uma estrutura da Conferência Episcopal Portuguesa, fundada por “Portaria Patriarcal” no dia a 1 de julho de 1962, e tem por objetivo trabalhar pastoralmente com os emigrantes portugueses e, nas últimas décadas, com cidadãos de outros países que escolhem Portugal como destino da imigração.

A sessão de abertura das comemorações dos 50 anos da OCPM aconteceu no decorrer do XII Encontro de Formação de Agentes Sociopastorais das Migrações, onde o tema ‘Portugal entre a emigração e a imigração’ está em debate desde esta sexta-feira até domingo.

PR

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