Sublinha Rui Marques, antigo Alto-comissário para a Imigração e Diálogo Intercultural
Fátima, Santarém, 10 set 2014 (Ecclesia) – O antigo Alto-comissário para a Imigração e Diálogo Intercultural, Rui Marques, diz que a “globalização exige” que países e sociedades saibam passar de um clima de “hostilidade” para uma era de “hospitalidade” face à “mobilidade humana”.
Em declarações à Agência ECCLESIA, durante o 29.º Encontro da Pastoral Social que está a decorrer em Fátima, aquele responsável apontou que é preciso mudar “de um tempo de desconfiança para um tempo de confiança”, para que o “desespero” que marca hoje milhões de migrantes e refugiados em todo o mundo possa dar lugar “à esperança”
Rui Marques, atualmente à frente do Instituto Padre António Vieira, participou esta terça-feira num painel do encontro da Pastoral Social intitulado “Confissão da Fé e compromisso social”.
Para o líder do partido “Movimento Esperança Portugal” entre 2008 e 2011, a exortação apostólica “A alegria do Evangelho”, do Papa Francisco, é “uma visão extraordinária” para este tempo, em que é preciso “rasgar” novos “horizontes”.
Um documento que aponta para uma “alegria sensata, sólida, consistente” e que deve inspirar o mundo e mobilizar os cristãos a serem construtores de uma nova ordem social.
“Os cristãos têm a responsabilidade de ser herdeiros do Evangelho da Alegria e da Esperança, esse é um desafio fundamental”, sublinhou.
Dedicado aos “Desafios do Papa Francisco”, o 29.º Encontro da Pastoral Social vai prolongar-se até esta quinta-feira, em Fátima, com a presença de agentes ligados ao setor vindos dos mais variados pontos do país.
Entre outros responsáveis, participam na iniciativa o patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, e o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. Jorge Ortiga.
LS/JCP