Organizações preocupadas com o inverno das pessoas em trânsito nos Balcãs
Lisboa, 22 set 2015 (Ecclesia) – As Cáritas da Europa realizaram uma reunião em Viena, na Áustria, na última semana, para analisar a situação dos refugiados e defendem um “trabalho de integração sério” que impeça “situações de racismo e xenofobia”.
“Não querendo definir as políticas de acolhimento que devem ser desenhadas por cada país, a Cáritas defende, no entanto, que é urgente que se desmistifique a situação promovendo um trabalho de integração sério, com alianças e divulgando informação clara e concisa de modo a atenuar as muitas situações de racismo e xenofobia que se têm verificado”, afirma um comunicado publicado na página da internet da Cáritas Portuguesa.
De acordo com as Cáritas da Europa, “neste momento é importante que localmente se aposte na integração e se aproveite o momento para mobilizar para o longo prazo (integração) que vai ser a fase mais difícil”.
No encontro, as Cáritas traçaram uma “análise e visão comuns sobre a situação da ‘rota dos Balcãs’” e informaram sobre “as diferentes ações que estão a ser desenvolvidas no médio oriente e em África face à crise dos migrantes.
De acordo com o comunicado, falta “apoio humanitário” nos países dos conflitos e vizinhos, sendo por isso necessário atuar nos países de origem e de trânsito, nomeadamente no próximo inverno.
“Será necessário reforçar a capacidade das Cáritas (Médio-oriente e Leste da Europa) e desenvolver uma ação de curto prazo promovendo o apoio a quem está em trânsito e preparar o inverno principalmente com materiais de isolamento e aquecimento (combustíveis, por exemplo)”, afirmam as Cáritas da Europa.
“Neste momento, face à situação atual, os bens como roupa, cobertas, ou alimentação estão assegurados não sendo, por isso, necessário o envio de mais bens desta natureza”, acrescentam.
As Cáritas Europeias envolvidas no apoio aos migrantes defendem que “a solução para a Síria terá de ser política”, acolhendo a “diversidade religiosa da região”.
Os projetos da Caritas Internacional na região do Médio-Oriente ascendem aos 100 milhões de dólares e chegam a cerca de 4 milhões de pessoas, informa o comunicado.
PR