Migrações: Cáritas Europa publica série de recomendações para promover sociedade mais acolhedora

Estudo abordou situação em 11 países, incluindo Portugal

Lisboa, 05 nov 2019 (Ecclesia) – A confederação europeia da Cáritas lançou hoje no Parlamento Europeu um conjunto de recomendações sobre migrantes e refugiados, com base na série ‘Common Home’, que analisou a situação de 11 países, incluindo Portugal.

Os responsáveis católicos pedem aos líderes comunitários que “implementem as políticas necessárias para permitir sociedades mais acolhedoras e promotoras da solidariedade global”.

As publicações nacionais exploram a “realidade atual da migração e os seus efeitos no desenvolvimento das comunidades acolhedoras dos migrantes”, destacando as ligações entre migração e economia, cultura e política.

“O objetivo da série Common Home é promover um debate mais equilibrado e baseado em evidências sobre migração e desenvolvimento, que possa finalmente ser traduzido em políticas que reconheçam e aprimorem as contribuições vitais dos migrantes para as comunidades recetoras e os países de origem”, assinala a Cáritas Europa.

Os estudos mostram, por exemplo, que na Áustria, os migrantes “contribuem consideravelmente mais para o sistema social do que aquilo que recebem em termos de benefícios sociais”.

No caso português, destaca-se o facto de muitos migrantes assumirem um “importante papel político”.

O Estudo ‘Casa Comum – Migrações e Desenvolvimento em Portugal’ foi apresentado em Lisboa no dia 16 de maio.

“Em Portugal, os migrantes têm claramente uma contribuição positiva para a economia”, assinala o documento, informando que o aumento recente na imigração preencheu “uma falha no mercado de trabalho”.

A Cáritas quer “consciencializar” os líderes políticos e o público em geral para “o impacto positivo das migrações em Portugal” e para a relação das migrações com os objetivos de desenvolvimento sustentável.

Cerca de 1,7milhões de portugueses vivem na União Europeia e a população de imigrantes em Portugal é de 416 mil pessoas, a maior parte oriundos do Brasil, Cabo Verde, Ucrânia, Roménia, Reino Unido, China, Angola, França, Guiné-Bissau e Itália.

CB/OC

 

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