Cidade do Vaticano, 17 fev 2016 (Ecclesia) – Os detidos da prisão ‘CeReSo n.3’, na cidade de Juarez, México, construíram uma capela e uma torre sineira para receber hoje o Papa Francisco.
A Rádio Vaticano contextualiza que grupos rivais “detinham o controlo total” desta prisão, que registou 216 mortes em 2010.
O diretor da penitenciária, Jorge Galarza, reforça esta ideia e recorda que “não era possível entrar” sem pedir autorização aos gangues, porque eles “controlavam tudo”.
A visita de Francisco e a construção da capela e da nova torre para os sinos são um “microcosmos das mudanças que trazem esperança” à própria cidade que era considerada uma das mais violentas do mundo, localizada na fronteira com os Estados Unidos.
Segundo a emissora do Vaticano, durante esta visita o Papa argentino vai falar com presos e seus familiares, para além cerca de 100 religiosos que trabalham neste local: “Tudo sob o olhar atento dos atiradores de elite.”
“Juarez é amor. Estamos prontos”, é a mensagem que já se pode ler por toda a cidade em outdoors.
Um motim na prisão de Topo Chico em Monterrey, no México, fez a 52 mortos e 12 feridos, em vésperas da chegada do Papa.
Este é o mais recente incidente do género, como consequência do problema da sobrelotação de reclusos em prisões mexicanas.
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