A Igreja mexicana vai promover espaços de comércio justo nas paróquias, de forma a permitir a venda directa de produtos agro pecuários. Deste modo, a Igreja pretende evitar a perda de empregos num sector pobre, que não consegue competir contra os agricultores norte-americanos e canadenses, subsidiados pelos respectivos governos. Os agricultores mexicanos estão fragilizados com a entrada em vigor, no passado dia 1 de Janeiro, do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (TLCAN), que não prevê obstáculos aduaneiros à venda de produtos agro pecuários do Canadá e dos Estados Unidos no México. O bispo auxiliar de Monterrey, D. Gustavo Rodríguez Vega, Presidente da Comissão Episcopal de Pastoral Social, da Conferência Episcopal Mexicana, explicou que a campanha “Solidariedade por um comércio justo e um consumo responsável”, com o objectivo de ajudar os pequenos agricultores do país. “A diminuição de impostos na importação de feijão, açúcar, leite em pó e milho é também causa de preocupação da hierarquia católica, que se preocupa com os agricultores pobres e indígenas”, apontou o bispo auxiliar de Monterrey. A Igreja no México prepara um documento onde vai apresentar a sua postura em relação aos agricultores pobres, aos indígenas e aos aspectos negativos e positivos do Tratado de Livre Comércio da América do Norte. Para o dia 31 de Janeiro, está marcada uma marcha contra o capítulo agro pecuário do Tratado, numa organização das associações dos agricultores e dos partidos políticos da oposição. Com Rádio Vaticano