Todos os anos, são milhares as pessoas que tentam atravessar o país, em busca de uma vida melhor, e que ficam à mercê dos grupos criminosos que operam na região. Em muitos casos, os imigrantes vão ao encontro da morte.
Recorde-se que o último episódio ocorreu no passado dia 24, no Estado de Tamaulipas, quando um grupo de 72 emigrantes foi massacrado, alegadamente por cartéis do crime organizado, quando pretendiam passar a fronteira para os Estados Unidos.
Numa nota pastoral publicada pela Rádio Vaticano, os bispos consideram que esta “é mais uma evidente prova da desordem social e da perda dos valores fundamentais em algumas partes do país”.
Ao mesmo tempo, a Arquidiocese sustenta que “não há uma política global de imigração no México, que seja coerente com as necessidades dos imigrantes”.
Cerca de 300 mil pessoas atravessam, todos os anos, o território mexicano para tentarem chegar aos Estados Unidos. A maior parte vem de países como El Salvador, Brasil, Guatemala ou Honduras e viajam por necessidade e sem qualquer tipo de protecção, à mercê dos grupos armados.
A Pastoral Social da Mobilidade Humana mexicana denunciou, há quatro anos atrás, as actividades criminosas que são perpetradas contra os imigrantes.
Os grupos armados “convidam” as pessoas a integrarem as suas fileiras e os que recusam são simplesmente abatidos.
Para combater esta situação, a Igreja mexicana e os responsáveis católicos dos outros países envolvidos estão a solicitar aos governos para que liderem acordos de protecção às pessoas em situação irregular.
A promoção de fontes de trabalho e meios de subsistência, sobretudo para os jovens, seria também uma forma de estancar a saída das pessoas desses países. Eles vão em busca de uma vida melhor mas acabam, muitas vezes, por ir ao encontro da morte.