2 de fevereiro de 2014
Num tempo pressionado pelas dificuldades económicas e sociais que conhecemos, pode julgar-se que todas as forças são poucas para o esforço que o momento presente reclama. É, de facto, vital que esse esforço continue a unir-nos a todos: construindo dia a dia a Universidade Católica com a paixão de que nos orgulhamos; colocando o maior empenho em aprofundar, nos diversos âmbitos, uma cultura de excelência; consolidando a posição da Católica no panorama universitário português e internacional; prestando uma atenção incansável e redobrada às pessoas; reforçando a coesão e o impacto deste extraordinário projeto da Igreja portuguesa a que damos corpo. Temos um pacto com o presente e queremos fazer tudo, mas mesmo tudo, para estar à altura das suas exigências.
Cremos, contudo, que não podemos ficar por aqui. O nosso pacto é também com o futuro, e isso em nenhum momento pode ficar esquecido. Pelo contrário: deve mobilizar-nos a todos. Por isso mesmo queremos habitar a linha da frente: queremos intensificar os nossos pontos fortes, mas investir igual coragem e ambição em redimensionar o que são hoje os pontos mais frágeis. Queremos consolidar o que hoje somos e fazemos, mas também progredir e inovar, pois só assim corresponderemos ao que se espera de nós. Queremos não só fortalecer o diálogo com o presente, mas queremos interpretar, antecipar e garantir as vias de futuro. Convictos de que a melhor forma de fazê-lo é sentirmo-nos, em uníssono, corresponsáveis por essa missão. Na sua recente Exortação Apostólica, o Papa Francisco dá-nos o mote, desafiando-nos a «caminhar e semear sempre de novo, sempre mais além». Escutemo-lo.
Maria da Glória Garcia, Reitora da UCP