«Mensagem de Roma»

Congresso promovido pelos Bispos da UE assume compromisso de apoiar iniciativas que respeitem a «natureza humana» Um compromisso em favor de todas as iniciativas que, dentro da UE, “respeitem autenticamente a natureza humana” marca a “Mensagem de Roma”, proclamada no Congresso internacional promovido pela Comissão dos Episcopados católicos da Comunidade Europeia (COMECE). A iniciativa prolonga-se até amanhã, visando assinalar os 50 anos dos Tratados fundadores da Comunidade Europeia. “Apelamos aos Estados-membros, pedindo-lhes que respeitem, no âmbito das suas legislações democráticas, a vida desde a concepção ao seu fim natural; que promovam a família como união natural entre homem e mulher, no matrimónio. O respeito pelos direitos civis e jurídicos dos indivíduos não deve prejudicar o matrimónio e a família como fundamentos da sociedade”, pode ler-se. Nesta Mensagem de Roma, que vai ser enviada aos Chefes de Estado e de Governo da UE, através de Romano Prodi, primeiro-ministro italiano, afirma-se que os cristãos estão dispostos a trabalhar “em prol da reconciliação, da paz, da liberdade, da solidariedade, da subsidiariedade e da justiça”. Os cerca de 300 delegados das conferências episcopais, comunidades religiosas e organizações católicas proclamaram este texto, após a audiência que tiveram com Bento XVI, manifestado o seu reconhecimento pelo esforço desenvolvido, neste meio século, “por tantos representantes dos nossos povos em favor da paz e da reunificação europeia, ainda não completamente conseguida”. Entre os desafios que são apontados para a construção do futuro europeu contam-se a “cooperação internacional para combater a pobreza, especialmente em África, a exploração de mulheres e crianças, bem como as violações dos direitos humanos”. As mudanças climáticas e a protecção social são outras das áreas prioritárias indicada no documento, que pede “a aproximação dos cidadãos a instituições políticas afastadas e difíceis de compreender”. Quanto ao diálogo entre instituições nacionais e europeias, que deve superar “a actual pausa de reflexão na Europa”, este deve avançar salvaguardando a dignidade humana e os valores dela derivantes, como “a liberdade religiosa em todas as suas dimensões, os direitos institucionais das Igrejas e das comunidades religiosas”, reconhecendo também “o património cristão do nosso Continente”. Os delegados assumem o compromisso de contribuir para “uma forte coesão social, tão importante e necessária para a Europa”, esperando que a UE seja guiada pelos valores e princípios que inspiraram a unificação europeia desde o seu início: “a dignidade humana, a igualdade entre homem e mulher, a paz e a liberdade, a reconciliação e o respeito recíproco, a solidariedade, a subsidiariedade, o Estado de Direito e a busca do bem comum”. Este valores são considerados “indispensáveis”, sobretudo perante o regresso de tendências nacionalistas e xenófobas. Dossier AE Europa

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