1. Responder a Deus que nos ama não é pelos caminhos da imposição, lembra-o o Papa Bento XVI na Mensagem da Quaresma. Não é por ordens dadas que se ama. Principalmente a Deus, que é o Amor de cada instante, infinito e salvador.
Nas horas boas e más o nosso Deus é o Pastor diligente que vai à frente, indicando-nos o caminho e defendendo-nos dos perigos, por obras, por sinais, por aspectos práticos. A confiança em alguém traduz-se por gestos de fidelidade, por atitudes coerentes, por provas indubitáveis. Bem sabemos por experiência como fomos sempre apoiados pelos nossos pais!
2. Se sem obras a nossa fé é um conjunto de palavras, que o vigor da crença cristã, nesta Quaresma, represente uma mudança de acções e comportamentos.
As carências económico-sociais à nossa volta convidam à educação da sensibilidade, à convicção da ajuda, ao cuidado dos outros.
Os mais aflitos da vida e os mais distanciados das razões verdadeiras deveriam ocupar o primeiro lugar das inquietações e da partilha dos nossos bens.
A todos deixo esta mensagem bem simples: se é pelas obras “que vamos” vida fora, oxalá sejamos capazes, crentes e descrentes, de concorrer, no nosso meio militar e policial, para um apoio concreto aos mais sofredores. A nossa partilha quaresmal será a prova dessa convicção!
Lisboa, 06 de Fevereiro de 2013
Januário Torgal Mendes Ferreira
Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança