Mensagem de Natal do bispo de Coimbra

Natal com esperança

1. O Natal, festa tão querida de todos, foi iniciativa de Deus, não uma invenção dos homens. Se agora o enchemos de luzes, cânticos, enfeites e prendas, foi porque há dois mil anos aconteceu o inesperado e até inimaginável. Deus nasceu feito Menino, sem ser esperado, para viver connosco e nos trazer as melhores prendas: o seu Amor, a Verdade, a participação na sua Vida!

É bom imitar a generosidade de Deus. Mas, para os cristãos, isso é muito pouco. Queremos celebrar o Natal com Ele, acreditando que Deus é o primeiro a colocar presentes no coração das pessoas: Um deles é a Esperança.

Os que estão a sofrer, esperam alguma ajuda.

Os que vivem sós, esperam uma palavra de saudação.

Mas os que têm fé, esperam muito mais: acreditam que Deus poderá mudar o coração dos homens e ensinar cada um a ser irmão dos pobres como Ele o foi no Presépio.

 

2. Tomado por estas verdades do Natal de Deus, o Bispo de Coimbra pede aos seus diocesanos que não se fiquem a “falar de crise e de pobreza envergonhada”, mas procurem identificar, de modo discreto, pessoas e famílias que se encontrem nessas situações; que inventem modos de ajuda sem as humilhar;  que, com auxílios materiais, porventura fruto de privações, lhes levem também, no calor de um gesto, a esperança de dias melhores, em que sintam de novo a dignidade de ser pessoa.

 

3. Às Paróquias e outras comunidades, o pastor diocesano lembra que em todas elas deve existir um grupo empenhado na prática organizada do amor cristão, seja ele um “Grupo Sócio-Caritativo”, uma “Conferência de S. Vicente de Paulo” ou um “Grupo Caritas”.

Aplique-se esse grupo a reunir ajudas monetárias ou outras, mas tome como primeira acção conhecer discretamente as situações de necessidade.

Até à Páscoa, incluindo a Renúncia da próxima Quaresma, partilharemos com o Fundo Social Solidário da Caritas as ofertas recolhidas e as aflições a socorrer.

Para estes dias de Natal, duas pequenas campanhas, que mais do que valor económico transmitam o calor de alguém que é irmão, calor de Esperança, calor de Deus:  Que ninguém fique, por falta de dinheiro, sem aviar uma receita na farmácia; que nenhum dos que vivem sós passe a Noite de Natal sem comer um mimo que o seu vizinho lhe trouxe.

 

4. Depois que Deus nasceu no mundo, para os que O vêem com fé brilha a Esperança: Deus ama-nos. Com Ele é possível mudar as vidas e os caminhos da sociedade. E haverá Natal com mais alegria!

+ Albino Cleto

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