Mensagem da Associação Famílias para o Dia do Pai

Num momento histórico de grandes, graves e profundas transformações familiares, reflectir sobre a figura insubstituível do pai é um imperativo. Apesar do caminho percorrido, a reflexão sobre a figura do Pai carece de um aprofundamento. Se por um lado cada vez mais homens exercem de forma consciente, interventivamente positiva e responsável, o serviço da paternidade, acontece que ainda se verificam casos de demissão do exercício dessas mesmas funções que são, como se disse, indispensáveis. Uma certa irresponsabilidade na assunção da paternidade geradora de situações penalizadoras de monoparentalidade exercida quase só pela mãe ou a chamada “reconstituição familiar” após rupturas de origem diversa causam, não raramente, danos irreparáveis no crescimento harmonioso de crianças e jovens. Além disso, e como já não chegassem estas situações fragilizadoras, a nossas legislação liberalizadora do aborto promove a ausência do Pai, remetendo exclusivamente para a mãe, como se cada criança não tivesse Pai ou este não passasse de um irresponsável, a decisão de acolher ou matar um filho. Reflectir, hoje, Dia do Pai, sobre o que cada pai deve ser junto dos filhos, nascidos ou por nascer, é, pois um imperativo. Só assim, contribuímos para o (re)fazer do tecido social pela e com a Família e nela pelo e com o Pai. Urge, pois, apoiar e promover na Família e na sociedade uma cultura que valorize o Pai, como um esteio fundamental no acolhimento dos filhos e na sua educação permanente. A AF felicita todos os Pais, sobretudo aqueles que, apesar das muitas e difíceis condições sociais, económicas e culturais lhes dificultam o exercício sereno da paternidade. A AF apela, também, aos Pais que por diversas razões que não nos compete julgar, se sentem tentados a não exercerem a paternidade para que não se afastem (nem se deixem afastar) da missão que, por Natureza, lhes é inerente: serem, com a Mãe, co-educadores dos filhos comuns. Recordamos, igualmente, os Pais que já partiram e que agora dormem o sono eterno, para que encontrem a Paz e o prémio da doação que fizeram da sua vida para a educação dos filhos. Braga, 19 de Março de 2007

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Agência ECCLESIA

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