As inscrições dos alunos do distrito de Bragança em Educação Moral Religiosa e Católica (EMRC) desceram 3% em relação ao ano lectivo de 2005/2006. No ano transacto, a média de inscrições nas escolas de toda a diocese era de 49%, enquanto que no presente ano os alunos que optam pela disciplina chega, apenas, aos 47%. Com estes resultados verifica-se que o número de alunos inscritos em EMRC continua a descer e são menos de metade os que frequentam esta disciplina. Mas, se retirarmos os dois estabelecimentos de ensino privados, os quais ocupam as duas primeiras posições, o número de alunos inscritos na totalidade das escolas públicas é de 45%. O Colégio Ultramarino N. Sª da Paz, em Chacim, concelho de Macedo de Cavaleiros, ocupa o primeiro lugar da tabela com 100% das inscrições, já que é uma instituição da Igreja. Por seu lado, apesar de ser particular, o Externato Liceal da Torre de Dona Chama ocupa a segunda posição, a par da Escola EB 1,2 de Torre de Dona Chama, ambos com 92,2% de inscrições a EMRC. As escolas secundárias estão nos últimos lugares, pois, em cada ano de escolaridade que os alunos transitam, o número dos inscritos diminui. No fundo da tabela situam-se a Escola Secundária de Mirandela, com 6,8%, e a Escola S/3 de Macedo de Cavaleiros, com 14% de alunos que optam pela disciplina. Face a estes números, Adérito Gomes, Presidente do Conselho Executivo da Secundária de Mirandela, aponta como factor mais evidente a questão de a alternativa à aula de Moral ser um furo no horário, “os miúdos não querem, é uma hora livre que têm e os pais também não lhes impõem. Entre ter e não ter aula, a maior parte opta por não ter”. A Escola Secundária de Moncorvo é uma das escolas em que, nos últimos anos, o número de inscrições em EMRC tem aumentado significativamente. António Fernandes, vice-presidente do Conselho Executivo afirma que “tem havido um bom trabalho do professor Vítor Silva, pois tem realizado bastantes eventos, o que contribui para a adesão”, e também pelo facto de a escola estar “aberta às iniciativas”. Pessoalmente, António Fernandes considera que “é sem dúvida uma disciplina muito importante, e que faz muita falta”. Em relação aos professores de EMRC na diocese, verifica-se que tem aumentado o número de leigos a leccionar a disciplina, agora é de 46%, baixando o número de docentes sacerdotes para 42%. A maioria dos docentes, 81%, têm o curso de Teologia ou de Ciências Religiosas, 15% são detentores de outras habilitações, enquanto 3%, estão a frequentar o curso de Teologia.