Frei César Pinto foi professor, animador de grupos de jovens, e, tendo estudos em Direito Civil, trabalhou no Tribunal Eclesiástico de Coimbra
Lisboa, 24 mar 2021 (Ecclesia) – O provincial dos Frades Capuchinhos lembrou hoje a vida do Frei César Pinto, que faleceu em fevereiro, vítima da Covid-19, como alguém que procurou a “proximidade” com os jovens.
“Não parecia ter 80 anos, parecia mais jovem. Com a sua disponibilidade e jovialidade parecia mais jovem. Ele procurou incutir na gente nova o carisma franciscano, de alegria e solidariedade”, recorda à Agência ECCLESIA o frei António Martins.
O responsável pela congregação dos frades capuchinhos recorda o frei César que faleceu em fevereiro, vítima da Covid-19, depois de 60 anos de capuchinho e 53 de sacerdote.
“Procurou sempre criar coisas novas ao longo dos anos na congregação, procurando a simplicidade e a humildade, ligado a São Francisco de Assis”, acrescenta.
Em 1959, tomou o hábito franciscano e fez os votos perpétuos nos anos em que decorria o Concilio Vaticano II, indo buscar inspiração a essa renovação da Igreja para o trabalho pastoral e para a sua vocação.
“Ele procurou renovar e inovar, à semelhança de São Francisco de Assis”, frisa o provincial dos Frades capuchinhos.
A sua ordenação sacerdotal aconteceu no Santuário de Fátima, em 1967, local onde mantinha uma forte ligação, cultivando a sua devoção mariana.
“Na sua espiritualidade mantinha tuas vertentes bonitas: a vocação mariana – tinha um grande carinho por Nossa Senhora, incutido pela sua mãe – e a franciscana”, conta.
O Frei César Pinto, depois de ordenado sacerdote, prosseguiu estudos em Direito civil, o que lhe permitiu auxiliar a congregação e trabalhar no Tribunal Eclesiástico, em Coimbra, quando residiu na Fraternidade daquela diocese.
“Foi professor, mas a sua vida distingue-se pela disponibilidade, pela vivência da fraternidade, e a forma como se relacionava com as pessoas, em especial com os jovens. A animação dos grupos de jovens e também os que pertenciam às paróquias por onde passou, deixou marcas”, recorda.
‘Memórias que Contam’ são as conversas online na Agência ECCLESIA que ao longo da Quaresma estão a evocar pessoas ligadas à Igreja Católica, falecidas durante a pandemia.
LS