Sacerdote da Diocese do Porto deixou marcas de familiaridade e presença constante na vida dos que se cruzaram com ele
Lisboa, 05 mar 2021 (Ecclesia) – O padre Carlos Pereira, falecido no último dia 7 de fevereiro, no Porto, deixou marcas de familiaridade e presença constante na vida dos que se cruzaram com ele, ao longo de quase 70 anos de sacerdócio.
Isabel Pereira Peixoto, uma das convidadas da edição de hoje das ‘Memórias que Contam’, fala num gigante de “coração habitado por Deus e por todas as pessoas que acolhia”, que sabia manter a proximidade e uma atenção paterna.
O sacerdote faleceu aos 93 anos de idade, após uma vida dedicada ao Seminário Maior do Porto, à Obra do Apostolado do Mar e à orientação espiritual do Movimento Oásis (Movimento Católico de Espiritualidade laical, fundado pelo padre Virgínio Rotondi em 1950), que existe na Diocese do Porto desde 1993.
Foi nesse movimento que a vida dos convidados da conversa promovida pela Agência ECCLESIA se cruzou com o padre Carlos Pereira.
No caso do padre José Araújo, o conhecimento vinha do tempo de seminário, “como prefeito, como educador”.
“Foi uma pessoa que me marcou, marcou gerações de padres, pela sua simplicidade, pela sua humildade, pela sua alegria”, recorda.
José e Teresa Guerreiro partilham a sua experiência como casal, numa atenção permanente aos detalhes, “sempre presente”.
José Guerreiro tinha perdido o seu pai, quando chegou ao Porto, no início da década de 70, e encontrou no padre Carlos Pereira alguém que “aconselhava” e que depois acompanhou em várias cidades, em cursos do Movimento Oásis.
Teresa Guerreiro recorda a “caminhada” de 50 anos, que se prolongou quase até à véspera da morte do sacerdote, num acompanhamento “interessado, atento”.
Isabel Pereira Peixoto destaca o “sorriso franco” e a familiaridade no trato, ao longo dos anos, com “atenção viva”.
“Ele era enorme e tinha um coração muito maior, ainda”, declara.
Fernando Neto, do Movimento Oásis, cruzou-se com o padre Carlos Pereira nas ruas do Porto e evoca alguém que “transformou” a sua vida.
“A partir do momento que nos conhece, adota-nos como filhos. Eu nunca mais me senti outra coisa do que filho”, indica.
A rubrica “Memórias que contam” apresenta, durante o tempo da Quaresma, o percurso biográfico de homens e mulheres que faleceram durante a atual pandemia, numa iniciativa da Agência ECCLESIA.
OC