Padre Mário de Sousa recorda diácono permanente da Diocese do Algarve
Portimão, 12 mar 2021 (Ecclesia) – O diácono permanente Francisco Moreno Alves, da Diocese do Algarve, que faleceu aos 77 anos, em julho de 2020, é recordado pelo padre Mário de Sousa como alguém “sempre pronto para servir a Igreja”.
“Sempre pronto para servir a Igreja onde fizesse falta, sem nunca se querer sobrepor ou aparecer em primeiro lugar mas numa atitude de uma grande humildade”, disse o diretor do Secretariado para o Diaconado Permanente da Diocese do Algarve à Agência ECCLESIA.
O convidado de hoje nas ‘Memórias que lembra que o diácono permanente Francisco Moreno Alves, também conhecido como diácono Paquito, tinha a frase “muito interessante”: “Eu estou para servir.”
“E era mesmo assim, servia onde era necessário, seja na paróquia [Vila Real de Santo António], seja depois nas paróquias que fazem parte do nordeste do Algarve, toda esta zona por cima de Vila de Real de Santo António até Alcoutim”, explicou o padre Mário de Sousa.
O sacerdote, natural de Vila Real de Santo António, lembra-se de Francisco Moreno Alves “desde pequenino”, ainda não tinha sido ordenado diácono permanente, e pertencia ao mesmo grupo de jovens dos seus filhos.
“Sempre foi uma presença muito discreta como continuou a ser no exercício do seu ministério; Foi um grupo de jovens muito acompanhado pelos pais e que acabou por dar muito fruto, mesmo nos próprios filhos: Dois padres, duas religiosas, um diácono permanente”, desenvolve.
No ano jubilar de 2000, D. Manuel Madureira Dias, agora bispo emérito do Algarve, ordenou os primeiros sete homens casados no primeiro grau do sacramento da ordem, a 20 de fevereiro, na igreja de São Luís de Faro; atualmente esta Igreja local conta com nove diáconos permanentes.
“Se no princípio as pessoas não estavam habituadas a ver clérigos com esposa e com filhos, hoje em dia é qualquer coisa que faz parte da normalidade da vida das comunidades”, refere.
Dos primeiros sete diáconos permanente ordenados na Diocese do Algarve, faleceram Joaquim Mendes Marques, em 2015, e Francisco Moreno Alves, vítima de doença prolongada, em julho de 2020.
O padre Mário de Sousa adianta que o diácono “Paquito” vai ser lembrado, por exemplo em futuras formações de diaconado permanente, “sobretudo pela sua forma de ser que se manifestava na sua forma de viver”.
“Não apenas a sua fé mas o seu ministério: Ele tinha uma grande consciência do sentido do serviço e da colaboração, isto é essencial”, explicou o sacerdote.
‘Memórias que Contam’ são a proposta de conversas online que a Agência ECCLESIA está a promover na Quaresma para evocar pessoas ligadas à Igreja Católica que faleceram durante a pandemia.
CB/OC