Médio Oriente: Vaticano reclama «medidas corajosas» contra violência e terrorismo

Representante da Santa Sé junto da ONU abordou situação na Síria, Iraque, Líbano, Israel e Palestina

Cidade do Vaticano, 23 out 2014 (Ecclesia) – O representante da Santa Sé junto das Nações Unidas, D. Bernardito Auza, considera que chegou o momento de tomar “decisões corajosas” no combate à violência que atinge hoje o Médio Oriente.

Numa mensagem deixada na sede da ONU, em Nova Iorque, e publicada quarta-feira pelo Vaticano, o arcebispo filipino sublinhou a urgência da comunidade internacional reagir com veemência às “flagrantes e maciças violações dos direitos humanos” que estão a ser cometidas pelo Estado Islâmico na região.

“Chegou o momento de tomar decisões corajosas, depois das lições recebidas pela nossa incapacidade em deter os recentes horrores do genocídio”, apontou D. Bernardito Auza, recordando as inúmeras pessoas que já tombaram às mãos dos radicais muçulmanos em países como a Síria e o Iraque.

Para aquele responsável, é fundamental “que as Nações Unidas reajam à escalada do fenômeno do terrorismo através do reforço do quadro jurídico internacional para que exista uma responsabilidade comum pela proteção das pessoas dos crimes de guerra ou contra a humanidade, da limpeza étnica e de todas as formas de agressão injusta”.

O representante do Vaticano junto da ONU pediu “particular” atenção para a situação das “minorais” étnicas e religiosas que vivem no Médio Oriente, como “as comunidades cristãs”, muitas delas obrigadas a fugir e a abandonar os seus lares para salvarem a vida.

“A Santa Sé insiste no respeito pelo direito destas comunidades e de todos os refugiados a retornarem às suas casas e viverem em dignidade e segurança”, referiu.

D. Bernardito Auza recordou também a conjuntura social do Líbano, “gravemente atingido pela crise síria e pela presença maciça de refugiados” e o conflito sem fim à vista entre Israel e a Palestina.

O arcebispo salientou que ONU e comunidade internacional “devem trabalhar juntos” em prol da concretização de “um Estado palestino próprio, soberano e independente” e em defesa do “direito dos israelitas em viverem em paz e segurança”.

No final, deixou uma mensagem aos líderes religiosos do Médio Oriente e de todo o mundo, para que se afirmem como promotores e defensores do “diálogo inter-religioso e cultural” e contribuam para erradicar “o uso da religião” como justificação para a prática da violência ou a busca de poder.

JCP

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Agência ECCLESIA

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