Médio Oriente: Vaticano apela à retoma das negociações relativas à criação dos Estados independentes de Israel e da Palestina

Santa Sé lembra situação dramática de mais de 5,6 milhões de refugiados palestinos

Criança num campo de refugiados da Faixa de Gaza, AFP

Cidade do Vaticano, 13 nov 2018 (Ecclesia) – O Vaticano defendeu hoje a necessidade de retomar as negociações à volta da aprovação dos Estados independentes de Israel e da Palestina, como forma de solucionar o conflito naquele território do Médio Oriente.

Numa intervenção feita na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque, o observador permanente da Santa Sé junto desta instituição referiu a proximidade do 70.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos para pedir um compromisso de modo a que “todos os povos, incluindo os palestinos, possam usufruir dos seus direitos fundamentais”.

D. Bernardito Auza lembrou que enquanto subsiste este impasse, cerca de “5,6 milhões de refugiados palestinos” permanecem em condições extremamente difíceis.

A situação é ainda mais dramática, alerta aquele responsável, quando o próprio apoio prestado a estas pessoas está em causa, devido à falta de financiamento da Agência das Nações Unidas de assistência aos refugiados da Palestina, a contas com um défice de mais de 200 milhões de dólares.

Segundo D. Bernardito Auza, “as necessidades são bem maiores do que as contribuições financeiras voluntárias”.

O representante da Santa Sé junto da ONU exorta a comunidade internacional a “mostrar maior sensibilidade diante da situação dos refugiados palestinos”, grande parte deles presentes na Cisjordânia, Gaza, Jordânia, Líbano e Síria.

Ao mesmo tempo, o arcebispo filipino propõe que seja renovado o mandato desta agência, que está previsto terminar em 2020.

Nas instalações da ONU em Nova Iorque, D. Bernardito Auza mostrou-se também preocupado com o estatuto dos refugiados palestinos, numa altura em que verifica a tendência de “limitar” essa definição “apenas aos que fugiram da Palestina em 1948”.

Para o representante do Vaticano, esta é “uma visão restritiva” do problema que “privaria muitos descendentes apátridas do legítimo direito de ser usufruir a condição de refugiado”.

JCP

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Agência ECCLESIA

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