Responsáveis lançaram apelo conjunto, onde pedem a «libertação de todos os prisioneiros de ambos os lados» do conflito entre Israel e Hamas
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Jerusalém, 19 fev 2025 (Ecclesia) – Os patriarcas e chefes das Igrejas de Jerusalém lançaram um apelo conjunto, em que defendem o direito da população de Gaza a permanecer nas suas casas.
“O povo de Gaza, famílias que viveram durante gerações na terra dos seus antepassados, não deve ser forçado ao exílio, despojado do que resta das suas casas, da sua herança e do seu direito a permanecer na terra que constitui a essência da sua identidade”, pode ler-se na mensagem.
Os responsáveis reconhecem e apoiam a postura do Rei Abdullah II da Jordânia, do Presidente El-Sisi do Egito e de outros, cuja “posição firme e baseada em princípios se manteve clara e inabalável na rejeição de qualquer tentativa de desenraizar o povo de Gaza da sua terra”.
“Os seus esforços incansáveis para prestar ajuda humanitária, apelar à consciência mundial e insistir na proteção dos civis são um exemplo de liderança ao mais alto nível de responsabilidade”, ressaltam.
Os patriarcas e chefes das Igrejas de Jerusalém pedem a “libertação de todos os prisioneiros de ambos os lados” do conflito entre Israel e Hamas, para que possam “reunir-se em segurança com as suas famílias”.
“Além disso, apelamos a todas as pessoas de fé, aos governos e à comunidade internacional para que atuem rápida e decisivamente para pôr termo a esta catástrofe. Que não haja qualquer justificação para o desenraizamento de um povo que já sofreu para além da medida”, escreveram.
Os responsáveis desejam que “a santidade humana e a obrigação moral de proteger os indefesos se sobreponham às forças da destruição e do desespero” e apelam a “um acesso humanitário imediato e sem restrições às pessoas desesperadamente necessitadas”, sublinhando que abandoná-las agora seria abandonar a “humanidade partilhada”.
No início do texto, frisam o “sofrimento contínuo em Gaza”, destacando que “a devastação que se desenrolou diante dos olhos do mundo é uma profunda tragédia moral e humanitária”.
A mensagem evoca os “milhares de vidas inocentes” que se perderam e as comunidades inteiras que estão em ruínas, “com os mais vulneráveis – crianças, idosos e doentes – a suportar dificuldades inimagináveis”.
“Que o Deus de misericórdia fortaleça os aflitos, amoleça o coração dos que detêm o poder e faça nascer uma paz que sustente a justiça, preserve a dignidade humana e salvaguarde a presença de todos os povos na terra a que pertencem”, concluem.
LJ/OC