Médio Oriente: Papa reforça apelo ao cessar-fogo em todas as frentes e à libertação de reféns

Francisco encorajou todos a unir esforços para evitar expansão do conflito e a percorrer caminhos de negociação

Ataque aéreo israelita no campo de refugiados de Al Maghazi, na Faixa de Gaza, a 14 de agosto de 2024
Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 15 ago 2024 (Ecclesia) – O Papa Francisco reforçou hoje o apelo ao cessar-fogo em todas as frentes e à libertação dos reféns no Médio-Oriente.

“Continuo a seguir com preocupação a gravíssima situação humanitária em Gaza e peço mais uma vez que cesse o fogo em todas as frentes, sejam libertados os reféns e seja ajudada a população exausta”, pediu o Papa, depois da recitação do ângelus, perante os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.

No Vaticano, Francisco encorajou todos a unir esforços para que o conflito “não se expanda” e a percorrer caminhos de negociação para que a “tragédia acabe logo”.

“Não esqueçamos: a guerra é uma derrota”, repetiu.

A tensão entre Israel e o Irão intensificou-se desde a ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza, depois do ataque do grupo palestiniano Hamas em solo israelita, a 07 de outubro de 2023.

Na solenidade litúrgica da Assunção da Virgem Maria, além do conflito no Médio Oriente, o Papa confiou as “angústias e dores” de outras populações a sofrer a Nossa Senhora, como a “martirizada Ucrânia”, o “Sudão” e “Myanmar”.

Antes da recitação do ângelus, o Papa Francisco convidou os peregrinos a imaginar Maria não como “como uma estátua imóvel de cera”, mas como uma “irmã… com as sandálias gastas… e com tanto cansaço nas veias”, “pelo fato de ter caminhado seguindo o Senhor e ao encontro dos irmãos, concluindo então a sua viagem na glória do Céu”.

“Deste modo, a Virgem Santa é aquela que nos precede no caminho, lembrando a todos nós que também a nossa vida é uma viagem contínua rumo à união definitiva com o Senhor”, afirmou.

Partindo da expressão do Evangelho “partiu”, quando a jovem de Nazaré recebe o anúncio do Anjo, o Papa assinalou que Maria não considerou um privilégio a notícia que recebeu, mas, “pelo contrário, sai de casa e coloca-se em caminho, com a pressa de quem deseja anunciar essa alegria aos outros e com a preocupação de se colocar ao serviço da prima”.

“Esta primeira viagem, na realidade, é uma metáfora de toda a sua vida, porque a partir desse momento Maria estará sempre em caminho, no seguimento de Jesus, como uma discípula do Reino. E, no final, a sua peregrinação terrena termina com a Assunção ao Céu, onde, juntamente com o seu Filho, goza para sempre da alegria da vida eterna”, destacou.

A Igreja Católica assinala hoje, dia 15 de agosto, a solenidade litúrgica da Assunção de Maria, um dogma solenemente definido pelo Papa Pio XII em 1 de novembro de 1950 e celebrado há vários séculos, numa data que é feriado em Portugal.

LJ

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Agência ECCLESIA

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