Médio Oriente: Papa pede ação para travar «nova espiral de violência»

Comunicado do Vaticano sublinha caráter único da cidade de Jerusalém

Cidade do Vaticano, 10 dez 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco apelou hoje à “prudência” e ao diálogo para travar a violência no Médio Oriente, na sequência dos confrontos que surgiram após reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, por parte dos EUA.

“Ao manifestar a sua dor pelos confrontos que nos últimos dias provocaram vítimas, o Santo Padre renova o seu apelo à sabedoria e à prudência de todos e eleva orações para que os responsáveis das nações, neste momento de particular gravidade, se empenhem em evitar uma nova espiral de violência”, refere um comunicado divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé.

A nota oficial pede que todas as partes respondam, “com palavras e atos”, aos desejos de paz, de justiça e de segurança da “martirizada terra” do Médio Oriente.

A Santa Sé diz seguir com “grande atenção” os últimos desenvolvimentos na região, “com especial referência a Jerusalém, cidade sagrada para os cristãos, os judeus e os muçulmanos de todo o mundo”.

O comunicado recorda a reunião de urgência da Liga Árabe e da Organização para a Cooperação Islâmica, sublinhando que o Vaticano é “sensível” às preocupações com a paz no Médio Oriente.

A Santa Sé “reafirma a sua bem conhecida posição quanto ao caráter singular da Cidade Santa” de Jerusalém” e à necessidade de respeitar o “status quo, em conformidade com as deliberações da comunidade internacional e os repetidos pedidos das hierarquias das Igrejas e comunidades cristãs na Terra Santa”.

“Ao mesmo tempo, reitera a sua convicção de que só uma solução negociada entre israelitas e palestinos possa levar a uma paz estável e duradoura, garantindo a coexistência pacífica de dois Estados no seio de fronteiras internacionalmente reconhecidas”, conclui o comunicado.

Na última quarta-feira, o Papa deixou um apelo “para que todos se comprometam a respeitar o status quo da cidade, de acordo com as resoluções pertinentes das Nações Unidas”.

OC

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Agência ECCLESIA

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