D. Flavien Michel Melki foi morto durante perseguições do império otomano
Cidade do Vaticano, 28 ago 2015 (Ecclesia) – O Papa espera que a beatificação do bispo sírio-católico Flaviano Michele Melki (1858-1915), martirizado durante o chamado ‘genocídio assírio’, seja um sinal de esperança para os cristãos no Médio Oriente.
O prelado vai ser proclamado beato este sábado, numa solene liturgia no convento patriarcal de Nossa Senhora da Libertação em Harissa, Líbano.
“Esta beatificação é uma mensagem do Papa Francisco a todos os cristãos, sobretudo aos que são perseguidos no Médio Oriente”, disse à Rádio Vaticano o cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos (Santa Sé).
O responsável recorda que hoje “muitos cristãos do Médio Oriente, mas também noutros
“Como há cem anos, a trevas caíram sobre muitas terras de antiga civilização cristã. Os fiéis são discriminados, perseguidos, escorraçados, mortos”, acrescentou o cardeal italiano.
A celebração deste sábado vai reunir vários patriarcas e líderes das Igrejas cristãs do Oriente, provenientes do Líbano, da Síria e do Iraque, sob a presidência do patriarca sírio-católico Inácio Youssef III.
D. Flaviano Michele Melki foi morto ‘por ódio à fé’ no dia 29 de agosto de 1915 em Djézireh, atual Turquia, durante um massacre perpetrado contra arménios e membros de outras comunidades cristãs.
O futuro beato foi preso pelas autoridades otomanas, juntamente com o bispo caldeu da mesma cidade.
Segundo testemunhos oculares referidos por fontes muçulmanas, os dois bispos foram mortos após se terem recusado a abjurar a própria fé e converter-se ao Islão.
RV/OC