Médio Oriente: Papa em defesa dos cristãos

Bento XVI sublinha revoltas na região e pede regresso da coexistência pacífica

Cidade do Vaticano, 24 jun 2011 (Ecclesia) – Bento XVI pediu hoje que os cristãos do Médio Oriente não sejam vistos como “estrangeiros”, gozando de uma “liberdade igual” à dos seus concidadãos.

O Papa falava aos membros da ROACO (Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais), do Vaticano, no final da sua assembleia plenária, que decorreu desde terça-feira.

“Peço-vos que façais todos os possíveis, incluindo também as autoridades públicas com as quais tendes contactos a nível internacional, para que na região onde nascestes, os pastores e os fiéis em Cristo possam viver não como estrangeiros, mas como concidadãos que testemunham Jesus Cristo como fizeram, antes deles, os santos do passado, também eles filhos das Igrejas orientais”, indicou.

Para Bento XVI, “uma dignidade e uma liberdade iguais devem ser reconhecidas a todas as pessoas que professam a fé cristã, permitindo assim uma colaboração ecuménica e inter-religiosa mais frutuosa.”

O Papa não deixou de recordar, como “sinal dos sofrimentos padecidos pelos cristãos orientais” o ataque terrorista contra a catedral siro-católica de Bagdade, em outubro do ano passado, poucos dias depois do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente.

“Desejo manifestar a minha proximidade aos que sofrem e a todos aqueles que desesperadamente procuram fugir, aumentando assim o fluxo de emigração, muitas vezes desprovido de esperança”, declarou.

Em relação à recente onda de protestos no norte da África e outras regiões do mediterrâneo e Médio Oriente, Bento XVI pediu que “todas as formas possíveis de mediação sejam usadas de maneira que a violência possa cessar e a harmonia social e a coexistência pacífica possam ser restabelecidas no respeito dos direitos de cada um e das comunidades”.

OC

 

 

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