Presidente da Comissão das Conferência Episcopais da União Europeia pede que se prossiga o diálogo «com determinação» entre todas as partes em conflito
Bruxelas, 03 out 2024 (Ecclesia) – A Comissão das Conferência Episcopais da União Europeia (COMECE) alertou hoje para o “turbilhão de violência” na Terra Santa e no Médio Oriente e apela a um “cessar-fogo imediato”.
“Apelamos a um cessar-fogo imediato em todas as frentes e ao respeito pelo Direito Internacional e Humanitário”, afirma D. Mariano Crociata, presidente da COMECE.
Numa declaração publicada na página da internet da comissão, com sede em Bruxelas, a COMECE alerta para a necessária “proteção de civis, hospitais, escolas e locais de culto”, assim como para a “libertação de todos os reféns e acesso humanitário seguro e desimpedido”.
D. Mário Crociata afirma que a União Europeia “é chamada a prosseguir com determinação o diálogo com todas as partes em conflito, tendo em vista uma paz justa e duradoura”.
A COMECE reafirma a necessidade de desenvolver esforços diplomáticos tendo em vista a “solução de dois estados”, um israelita e outro palestiniano, assim como um “estatuto especial reconhecido internacionalmente” para a cidade de Jerusalém, capaz de garantir aos dois povos uma vida “com dignidade, segurança e paz”.
Em nome dos bispos da COMECE, o presidente da comissão sublinha que os riscos de uma “intensificação e expansão do conflito pela região” cresce em cada dia, ameaçando “a dignidade, as vidas e os meios de subsistência de centenas de milhares de pessoas”.
“À medida que nos aproximamos do trágico aniversário dos ataques terroristas de 7 de outubro ao povo israelita, não podemos deixar de reiterar nossa grande tristeza pelas devastadoras ondas de violência que a Terra Santa e a região do Oriente Médio testemunharam nestes últimos doze meses”, afirma.
D. Mariano Crociata alerta para “crise humanitária extraordinariamente grave”, para o “sofrimento humano impensável” e assim como a “dinâmica política regional perigosa”.
A tensão no Médio Oriente aumentou após o ataque de 7 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez 1.05 mortos, na maioria civis, e 251 reféns.
Israel iniciou operações contra o Hamas na Faixa de Gaza, provocando pelo menos 41 467 mortos e 95 900 feridos, além de mais de 10 mil desaparecidos, segundo números do Ministério da Saúde local.
O Papa Francisco pediu a toda a Igreja que os dias 6 e 7 de outubro sejam de oração e jejum pela paz.
PR