Media: Revista dos Missionários da Boa Nova celebra 90 anos

Edição de agosto conta a história da publicação

Lisboa, 20 ago 2014 (Ecclesia) – A revista dos Missionários da Boa Nova, dedicada ao trabalho da Igreja Católica nos territórios de missão, e em especial nos países lusófonos, está a celebrar 90 anos de existência.

Para assinalar a ocasião, os religiosos dedicaram a edição de agosto à história da publicação, lançada a 15 de agosto de 1924 com o nome “O Missionário Católico”.

Considerada uma obra “pioneira da imprensa missionária em Portugal”, a revista teve como grande impulsionador D. Teotónio de Castro, na altura bispo de Meliapor (antiga diocese portuguesa na Índia) e Superior dos Colégios Missionários de Tomar, Cernache e Cucujães.

“Depressa se tornou referência da preocupação missionário da Igreja, em Portugal, pelos territórios coloniais de então”, recorda o padre Artur de Matos, atual diretor da publicação.

Com o apoio dos missionários seculares portugueses, espalhados pelos diversos territórios controlados por Portugal, a obra foi-se afirmando ao longo dos anos como “veículo noticioso da presença missionária” católica.

Até que em 1970, posteriormente ao Concílio Vaticano II e a todos os desafios que esse acontecimento trouxe à Igreja Católica, nomeadamente a necessidade de uma Igreja mais aberta aos leigos e às outras religiões, passou a chamar-se simplesmente “Boa Nova”.

De acordo com o padre Artur de Matos, o novo nome pretendia marcar “uma nova postura frente à presença do Missionário no mundo e ao essencial da sua vida e ação: anunciar e testemunhar a todos, sem distinção nem preconceitos, a Boa Nova de Jesus Cristo”.

“Foi uma opção. Cremos que boa”, sustenta o sacerdote.

Nessa altura foram reforçadas as linhas de orientação da revista, que ainda hoje se mantêm: “insistir, sublinhar, relevar e animar a vocação missionária” da Igreja no mundo, nos mais diversos locais, no sentido dela se abrir “generosamente à missão fora de portas e fronteiras”.

Também “trazer para a ribalta da informação” todo o trabalho que é feito pelos Missionários da Boa Nova; ser elo de ligação e de comunicação entre missionários espalhados pelo mundo”, e fonte de “diálogo, solidariedade e cooperação” entre culturas, povos e raças.

Mais recentemente, a partir de 2008, “a situação financeira da revista e a escassez de pessoal” levaram a uma mudança estratégica no projeto, com a entrada de colaboradores leigos, ligados e não ligados aos missionários.

Foram também implementadas alterações na imagem, periodicidade e nos métodos de impressão da revista, sempre com a redução de custos no horizonte.

Hoje com 1022 números lançados, a revista permanece “em caminho para melhor servir e melhor Boa Nova ser”, conclui o padre Artur de Matos.

BN/JCP

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Agência ECCLESIA

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