Profissionais do setor debateram necessidade de um olhar criativo sobre a Igreja e a sociedade
Lisboa, 28 set 2020 (Ecclesia) – A informação precisa de um olhar “criativo”, no atual tempo de pandemia, para evitar a repetição de lugares comuns e mensagens de medo, defenderam os participantes na última Jornada Nacional da Comunicação Social.
“O mundo tem vindo a perder mediadores. Pessoas que se preocupem mais com o quadro geral, com as interações dos vários acontecimentos, com memória dos factos e das pessoas”, referiu Octávio Carmo, jornalista da Agência ECCLESIA, um dos dois conferencistas nos trabalhos de grupo dedicados à informação, nestas jornadas.
A iniciativa, organizada pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, organismo da Igreja Católica, decorreu online, pela primeira vez, entre quinta e sexta-feira.
Bárbara Wong, editora do jornal Público e conferencista convidada neste grupo de trabalho, destacou a “responsabilidade” que representa mostrar a pandemia aos leitores.
“Não nos cabe instalar o pânico. O jornalismo deve combater a desinformação, ser forte, inteligente e de confiança”, sustentou.
Os participantes foram desafiados a “contar histórias” concretas de quem vive a atual crise, exigindo tempo para evitar erros ou a transmissão de informações falsas, assegurando a credibilidade do seu trabalho.
Quando à informação religiosa, o debate destacou a importância de responder ao interesse do público, com uma “nivelação da linguagem”, procurando explicações mais simples para um léxico mais hermético, com respeito por critérios de rigor.
Foi ainda debatida a presença em novas plataformas, como o Tik Tok, sublinhando que o meio acaba por ser a mensagem e o que deveria ser a mensagem “desaparece”.
OC