Media/Portugal: Padre António Rego «marcou, e marca, de uma forma única a comunicação televisiva» – Isabel Figueiredo

Diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais salienta que o sacerdote e jornalista «vai fazer uma espécie de uma última lição», numa homenagem em Fátima

Foto: Agência ECCLESIA/PR

Lisboa, 24 set 2024 (Ecclesia) – O Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, da Conferência Episcopal Portugal (CEP), vai homenagear esta sexta-feira o padre António Rego, nas Jornadas Nacionais de Comunicação Social 2024, em Fátima.

“Ele foi, durante muitos anos, o diretor do Secretário Nacional das Comunicações Sociais, foi o homem que marcou, e marca, mas marcou de uma forma única a comunicação televisiva, a parte da televisão e não só, porque ele também esteve na rádio, porque ele também esteve na escrita”, explicou Isabel Figueiredo, em entrevista à Agência ECCLESIA.

A diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, da Igreja Católica em Portugal, afirmou que o padre António Rego “é alguém que merece toda a dedicação, a admiração” e é uma alegria poderem “ter um momento exclusivamente dedicado” ao sacerdote açoriano, nas Jornadas Nacionais de Comunicação Social 2024.

A iniciativa, com o tema ‘Jornalismo e Inteligência artificial’, decorre entre quinta e sexta-feira, na Domus Carmeli, dos Carmelitas Descalços.

A celebração e homenagem, intitulada ‘António Rego: 60 anos de sacerdócio e jornalismo’, realiza-se na tarde do segundo dia das jornadas, esta sexta-feira, a partir das 15h00, e Isabel Figueiredo convida a estarem presentes “todas as pessoas que queiram ir a Fátima e queiram estar neste momento”.

“Podemos ouvir também o Padre Rego, ele vai fazer uma espécie de uma última lição em que nós podemos ouvi-lo, podemos fazer-lhe perguntas e, portanto, estamos muito ansiosos para que isso aconteça”, acrescentou a responsável nacional.

Esse momento de homenagem vai ser um ‘Diálogo do Padre António Rego com Carlos Liz e José Lopes Araújo’, respetivamente o antigo diretor de Marketing da TVI e o antigo diretor das Relações Institucionais e Arquivo da RTP, com moderação de Paulo Rocha, diretor da Agência ECCLESIA.

A homenagem ao padre António Rego vai iniciar-se com uma intervenção da diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, e D. Nuno Brás, o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, encerra a sessão realizada nas JNCS2024.

“Este é um espaço muito desejado”, realça Isabel Figueiredo, que teve a oportunidade de estar nos Açores na celebração dos 60 anos de sacerdócio do padre António Rego.

“Percebemos a necessidade que havia de o homenagear, não há melhor homenagem do que aquela que é feita em vida”, acrescentou, no Programa ECCLESIA, transmitido hoje na RTP2.

O cónego António Rego, juntamente com o  falecido cónego João Aguiar Campos, que também foi o diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (2011-2016), recebeu o Prémio de Jornalismo D. Manuel Falcão, durante a sessão de apresentação do 50.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, no dia 5 de maio de 2016.

LS/CB/OC

 

Natural das Capelas, na Ilha de São Miguel, onde nasceu em 1941, o padre António Rego foi ordenado sacerdote no dia 21 de junho de 1964, iniciando o seu ministério em Angra do Heroísmo, até ser enviado para trabalhar na comunicação social, em Lisboa.

Ao longo de mais de 50 anos como padre e jornalista, o padre Rego foi autor dos programas “Hoje é domingo”, “Nota do Dia”, “Meditando”, “Diálogo com os que Sofrem”, “Esquema XIII”, “Verdade e Vida”, “Andar faz caminho”, “Toda a Gente é Pessoa”, “O homem sem tempo”, “Alfa e Omega”, “70×7”, “Palavra entre palavras”, “Reflexo”, “Oitavo Dia”.

Primeiro na rádio e nos jornais, na Diocese de Angra, o sacerdote trabalhou na Renascença, entre 1968 e 1975, e, até 1992, nos jornais nacionais, nos canais nacionais da rádio e na televisão públicas, no cinema, nas cooperativas audiovisuais e no Secretariado Nacional das Comunicações Sociais.

Convocado desde o início para o projeto TVI, iniciou como diretor de informação da estação que começou as emissões em fevereiro de 1993 e nela continuou como coordenador de programas religiosos, da transmissão da missa e depois como autor, produtor e realizador do programa “Oitavo Dia”.

O regresso à direção do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, em 1996, correspondeu também à conclusão do diálogo entre as confissões religiosas radicadas em Portugal para uma presença conjunta na rádio e na televisão públicas, com o programa “A Fé dos Homens”, primeiro na RTP2, desde 15 de setembro de 1997, e depois na Antena, a partir dia 1 de novembro de 2009.

Após 23 anos de colaboração na TVI e 52 anos de trabalho pastoral realizado a partir da Diocese de Lisboa, onde se incardinou e era cónego da Sé Patriarcal, o padre António Rego regressou aos Açores em fevereiro de 2020, no início da pandemia, encontrando-se a residir com a família.

 

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Agência ECCLESIA

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