Media/Portugal: Igreja tem de estar presente no mundo da comunicação

D. Nuno Brás lamenta «disparates» que resultam de cultura afastada da mensagem cristã

Fátima, Santarém, 27 set 2012 (Ecclesia) – A presença da Igreja Católica no mundo da comunicação é “parte da sua missão”, disse hoje em Fátima D. Nuno Brás, vogal da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.

“A Igreja não pode deixar de estar presente no mundo mediático”, referiu o bispo auxiliar de Lisboa, na abertura das jornadas nacionais de comunicação social promovidas pela Igreja Católica.

Numa conferência intitulada ‘Dinâmicas de produção de informação e de opinião na Igreja Católica’, D. Nuno Brás sublinhou que esta presença “não é facultativa” e deve estar atenta à revolução do “mundo novo da Web”, que exige uma nova presença e “radical adaptação”.

“Os disparates mediáticos que encontramos, podemos dizer, são normais numa cultura que nasceu, cresceu, viveu e vive ainda hoje à margem do Evangelho”, observou ainda.

Segundo este responsável, o cristianismo não tem de entrar no “jogo da produção mediática”.

“O mundo dos media dá da Igreja a imagem de uma instituição que constitui um imenso bloco imóvel”, lamentou.

Neste sentido, o prelado desafiou os cristãos a mostrarem a “credibilidade da fé” nos mais variados níveis.

A jornada, dedicada ao tema ‘Silêncios e os silenciamentos’ na comunicação social, decorre no Seminário do Verbo Divino, com a presença de cerca de centena e meia de participantes.

O programa prossegue com o painel ‘Silêncios e silenciamentos na comunicação do religioso’, com o padre José Tolentino Mendonça, diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, e os jornalistas António Marujo (jornal ‘Público’) e Graça Franco (Rádio Renascença).

‘Silêncios e silenciamentos no atual contexto mediático’ é o tema do debate que a partir das 18h30 junta Carlos Magno, presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, Orlando César, que dirige o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, e Manuel Vilas-Boas, jornalista da TSF.

Na sexta-feira, dia final dos trabalhos, a agenda inclui a conferência ‘Liberdade, responsabilidade, regulação’ do antigo líder social-democrata, Luís Marques Mendes.

OC

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Agência ECCLESIA

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