Media: Igreja em Portugal tem diferentes velocidades na opção pelas novas tecnologias

Participantes nas Jornadas de Comunicação Social falam em bons exemplos e num caminho por percorrer

Fátima, Santarém, 30 set 2011 (Ecclesia) – A diferença entre “bons exemplos” e alguma indiferença das instituições da Igreja Católica em Portugal, no uso das novas tecnologias da comunicação, foi destacada pelos participantes nas Jornadas de Comunicação Social, que hoje se concluíram em Fátima.

Para Luis Ferraz, jornalista do «Mensageiro», da diocese de Leiria-Fátima, nas dioceses “há bons exemplos” da presença no mundo digital, mas “ainda há muito caminho a percorrer”.

As jornadas, acrescentou, alertaram os participantes para “o papel que as novas tecnologias têm no mundo atual”.

Para Francisco Barbeira, do jornal «A Guarda», existem situações distintas nas realidades eclesiais: “Há sítios onde a era digital já entrou e está bastante bem e outras onde é preciso fazer uma caminhada”.

O jornalista reconhece que “cinco anos na era digital é uma eternidade” e que o caminho a fazer “não pode esperar”.

Em relação à diocese da Guarda, Francisco Barbeira anunciou que o site da diocese será “renovado brevemente” e “haverá uma maior inter-relação entre os jornais da diocese” porque, “em muitos casos, a informação só chega através destes meios”.

Na diocese de Leiria-Fátima já se fez “reflexão sobre a realidade digital”, mas “nunca é demais juntar as pessoas que trabalham nestas áreas para que os resultados sejam mais produtivos e eficazes”, realçou, por sua vez, Luis Ferraz.

Segundo o jornalista do «Mensageiro», nos tempos atuais “não é possível evangelizar estando fora da era digital” porque a “nova geração está sempre conectada”.

“Urge perceber da digestão das conferências” das jornadas nacionais das comunicações sociais como é possível “encarnar nestes contextos e plataformas”, pediu Paulo Gomes, do jornal «Notícias de Viana».

Num campo aberto e “cheio de ruído”, esta iniciativa do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais ajudou “os participantes a colocar os pés na terra”, frisou o jornalista.

Ao fazer referência à presença da diocese de Viana no mundo digital, Paulo Gomes considera que é fundamental “dar mais passos” para que esta presença seja de “forma mais ativa e permanente”.

Já o diretor-adjunto do «Correio do Vouga», órgão de Comunicação Social da diocese de Aveiro, coloca em destaque as “comunicações pertinentes” das jornadas e os alertas deixados sobre a era digital porque a juventude “já é nativa digital”.

A necessidade da igreja estar na cultura digital é uma realidade que “ninguém esconde”, mas Jorge Ferreira pergunta “para comunicar o quê” e responde em simultâneo: “Muitas vezes, a imagem da Igreja não é boa para comunicar”.

A Igreja já está no digital, no entanto, algumas vezes “comunica mal” porque “há alguma incoerência entre o que é e o que transmite”, finaliza.

As Jornadas de Comunicação Social 2011, promovidas pela Igreja Católica, entre quinta e sexta-feira, reuniram mais de uma centena de participantes em volta do tema «Era digital: revolução na cultura e na sociedade».

LFS/OC

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