Media: Igreja e jornalistas debatem silenciamentos

Secretariado Nacional das Comunicações Sociais revela conferencistas das Jornadas Nacionais marcadas para 27 e 28 de setembro

Lisboa, 26 jul 2012 (Ecclesia) – O silêncio e os silenciamentos nos media constituem um dos temas em debate nas Jornadas Nacionais da Comunicação Social, que a Igreja Católica promove a 27 e 28 de setembro, em Fátima.

O encontro, que decorre no Seminário do Verbo Divino, vai ser aberto pelo presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, D. Pio Alves, bispo auxiliar da Diocese do Porto.

Após a saudação inicial do prelado, marcada para as 14h30, as jornadas prosseguem com a conferência: “Dinâmicas de produção de informação e de opinião na Igreja Católica”, proferida por D. Nuno Brás, bispo auxiliar do Patriarcado de Lisboa e vogal da Comissão Episcopal.

Pelas 16h30 começa o painel “Silêncios e silenciamentos na comunicação do religioso”, com o padre José Tolentino Mendonça, diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, e os jornalistas António Marujo (jornal “Público”) e Graça Franco (“Rádio Renascença”), moderados por Octávio Carmo, chefe de redação da Agência ECCLESIA.

“Silêncios e silenciamentos no atual contexto mediático” é o tema do debate que a partir das 18h30 junta Carlos Magno, presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, Orlando César, que dirige o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, e Ângela Silva, jornalista do semanário “Expresso”, com moderação de Alexandra Serôdio, repórter do “Jornal de Notícias”.

O programa de quinta-feira termina com a reunião dos membros da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, agendada para as 21h00.

O segundo dia abre às 08h00 com missa presidida por D. Pio Alves, seguindo-se a conferência “Liberdade, responsabilidade, regulação”, marcada para as 09h30, a sessão de encerramento, pelas 12h30, e o almoço, às 13h00.

As inscrições para as jornadas “Silêncios e silenciamentos na comunicação social” podem ser feitas através da página www.ecclesia.pt/jornadas2012.

O diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, cónego João Aguiar, disse em junho à Agência ECCLESIA que os temas em discussão se enquadram na “realidade que se vai sentindo em Portugal, numa altura em que se fala de pressões à imprensa”.

O sacerdote sublinhou que “todas as vezes em que se afeta a liberdade de expressão, atinge-se também a dignidade e a democracia”.

As matérias em cima da mesa decorrem da mensagem de Bento XVI para o 46.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que foi tema de um dossier da Agência ECCLESIA.

O Papa desafiou os profissionais dos media a refletirem sobre “o silêncio e a palavra como caminho de evangelização”.

Os presidentes das Comissões Episcopais de Comunicações Sociais de Portugal e Espanha, que se reuniram em Fátima no fim de junho, mostraram-se preocupados com a situação dos media, que consideram estar “notavelmente condicionada” por fatores económicos, ideológicos e políticos.

“A crise económica” causa, “com frequência”, a “perda de trabalho dos profissionais, com prejuízo para todo o processo comunicativo e a consequente limitação do direito do público a conhecer a verdade”, refere o documento conclusivo do encontro.

Os participantes observaram que a primazia dada às audiências “não pode ser o critério último” da programação.

Atualizado em 26-07-2012 (indicação dos convidados do primeiro dia).

JCP/OC/RJM

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Agência ECCLESIA

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