Media: «É hora de lançar a semente da Palavra no mundo virtual», diz arcebispo de Évora

D. José Alves reflete sobre a mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, que a Igreja Católica assinala este domingo

Évora, 03 jun 2011 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora defendeu esta quinta-feira que a força evangelizadora da Igreja, que “ao longo dos séculos atuou como fermento na massa das mais variadas culturas”, não deve perder o seu fulgor na era digital.

“Chegou a hora de lançar a semente da Palavra na imensidão do novo mundo: o mundo virtual. Tal como nas outras culturas, também nesta produzirá frutos de justiça, de verdade e de paz, se os cristãos forem fiéis ao mandato do seu Senhor” sublinhou D. José Alves, durante a apresentação da mensagem de Bento XVI para o 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais.

O evento, que a Igreja Católica celebra no próximo domingo, centra-se este ano nas redes sociais, como o Twitter ou o Facebook, que vieram alterar decisivamente o modo e a forma como as pessoas comunicam umas com as outras.

“A mensagem papal foca três pontos fundamentais para a sociedade, para a Igreja e para os indivíduos: a verdade, o anúncio e a autenticidade de vida” apontou o prelado, para quem as redes sociais, “se forem usadas sabiamente, potenciam o desejo humano de sentido e de unidade”.

Segundo o arcebispo, isto implica que a presença de cada um naqueles meios virtuais não se resuma apenas à “mera partilha de informação” ou, “como já acontece em muitos casos”, seja um meio de “refúgio contra o isolamento”.

Do ponto de vista cristão, quem participa nos múltiplos fóruns e blogues abertos no “espaço cibernético”, é colocado perante a “necessidade de encontrar um estilo cristão de comunicação virtual, que se baseie na honestidade e na abertura, na responsabilidade e no respeito pelos outros, sem omitir conteúdos religiosos nem o testemunho pessoal de vida”.

Trata-se de um mundo que a Igreja Católica deverá procurar “descobrir”, não simplesmente para “satisfazer o desejo de estar presente”, concluiu D. José Alves, mas como forma de construir relação com o “próximo”, possa ser depois “encarnada no mundo real”.

JCP

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