Novo patriarca de Lisboa perspetiva tempo de «esperança» na vida da Igreja
Lisboa, 31 jul 2013 (Ecclesia) – D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, encerrou a sua participação semanal no Programa ECCLESIA (RTP 2), iniciada há 15 anos, com uma análise à figura do Papa Francisco, que o inspira para a sua nova missão.
Na última emissão da rubrica ‘O Passado do Presente’, o prelado começou por frisar que o “o ministério papal é continuar o serviço do apóstolo Pedro, com referem os textos evangélicos, confirmar os irmãos na fé”.
Neste sentido, cada Papa é uma “referência constante” para as Igrejas locais e para a ação dos agentes pastorais.
Quando estas atitudes, ações e pensamento são algo “tão expressivo na vida” do Papa, como no caso de Francisco, tudo “ganha outra expressão” e envolve as pessoas mais “intensamente por convicção religiosa mas também por experiência eclesial”.
Por isso, o Papa argentino inspira o programa que D. Manuel Clemente desenvolveu e apresentou para a sua ação na Diocese de Lisboa.
O patriarca destacou a palavra esperança mas com o mesmo sentido e “maneira muito particular” apresentada pelo pontífice no livro-entrevista ‘Papa Francisco – conversas com Jorge Bergoglio’.
D. Manuel Clemente destaca dois aspetos, das palavras de Francisco, que revela serem “fundamentais de uma esperança preenchida”.
A esperança na humanidade e a esperança no movimento ecuménico “são de importância fundamental e têm de ser de um acolhimento absoluto”.
“Não podemos ter pressa nem queimar etapas”, acrescenta, porque as várias tradições cristãs estão “cimentadas” e o sentido do Papa, “que recupera o que se chamou ecumenismo espiritual”, é dar espaço e prioridade à ação do Espírito para “reconciliar”.
D. Manuel Clemente reafirmou que “o mais importante de qualquer reunião, é a reunião, ou seja o encontro das pessoas. Depois, se tem consequências práticas, diretas, imediatas ou não, logo se vê”.
Ao longo de 15 anos, o espaço televisivo sobre a História da Igreja com D. Manuel Clemente apresentou temas relacionados com Portugal, os pontificados, o pontificado de João Paulo II e os santos que canonizou, Bento XVI e, em conclusão, a ação/pensamento do Papa Francisco.
Como refere o jornalista Paulo Rocha, que conduziu esta rubrica, “o que acontece no presente tem de ser entendido a partir dos dados da história. Para D. Manuel Clemente, a história é para hoje”.
PR/CB
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