Media: Criação de redes foi o salto «mais importante»

Padre Luís Miguel Rodrigues destaca as «muitas e boas experiências» que têm surgido a partir do recurso da Igreja Católica às novas tecnologias

Lisboa, 29 mai 2014 (Ecclesia) – O padre Luís Miguel Rodrigues, responsável pela Comissão Arquidiocesana da Educação Cristã de Braga defende que o salto “mais importante” que as novas tecnologias permitiram à Igreja Católica foi a criação de redes com as pessoas.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o professor da Faculdade de Teologia de Braga, da Universidade Católica Portuguesa (UCP), destaca as “muitas e boas experiências” que têm surgido, no plano eclesial, em termos da utilização das ferramentas digitais para o esforço de evangelização e não só.

O sacerdote realça a importância de projetos como o “iMissio”, criado por Bento Oliveira, docente de Educação Moral e Religiosa Católica e licenciado em Ciências Religiosas.

Uma das apostas da página foi propor às pessoas, no mês de maio, dedicado a Nossa Senhora, de “todos os dias postarem lá uma imagem mariana”.

“Foi uma coisa fantástica, uma coisa simples mas que reutilizou as novas tecnologias para este fim”, realça o padre Luís Miguel Rodrigues.

No plano da comunicação, aquele responsável destaca a própria Agência ECCLESIA e a página do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, ligadas à Conferência Episcopal Portuguesa.

“Dois bons exemplos”, refere o professor da UCP, do recurso da Igreja ao espaço digital, onde “não há interação” – também “não é isso se pretende” – mas “dá-se muita e boa informação”.

Ainda neste âmbito, realça o “site da Santa Sé, que agora está a sofrer uma reestruturação”, e “que tem feito um trabalho muitíssimo interessante”.

No plano mais pastoral, o padre Luís Miguel Rodrigues enaltece o trabalho que tem sido feito na “área da catequese”, recordando de modo especial os sites “ABC da Catequese” e “Material de Catequese”.

“São sítios, e tenho já análise empírica para provar isto, onde os catequistas, para realizar a sua tarefa pastoral com o seu grupo, recorrem às novas tecnologias para os dotar de meios que de outra forma não teriam”, sustenta.

Apesar dos passos positivos que têm sido dados, em termos da utilização das novas tecnologias por parte da Igreja Católica, o sacerdote alerta para o perigo de absolutizar esses recursos.

“As novas tecnologias são apenas uma ferramenta. Se elas nos ajudam a sermos mais pessoas, a estarmos mais em comunidade, a estarmos mais próximos dos outros, fantástico. Se elas, ao contrário, nos isolam, nos criam guetos dos quais nós não saímos, estamos a usar mal a tecnologia”, conclui.

LFS/JCP

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Agência ECCLESIA

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