Media: Comunicação da Igreja exige profissionalismo, preparação e «trabalho intelectual»

Professor na Universidade da Santa Cruz definiu o trabalho dos gabinetes de imprensa

Alfragide, Lisboa, 15 abr 2016 (Ecclesia) – José María La Porte, docente de Comunicação Institucional na Universidade Pontifícia da Santa Cruz (Roma) afirmou hoje em Lisboa que os colaboradores dos gabinetes de imprensa desenvolvem um “trabalho intelectual”, que deve ser feito com profissionalismo e preparação.

O sacerdote precisou que o trabalho do assessor de imprensa ou responsável por um gabinete de comunicação não deve ser só “fazer boas fotografias” ou “conseguir uma boa declaração”.

“Fazeis um trabalho intelectual difícil”, disse o professor adjunto de Fundamentos de Comunicação Social Institucional.

“Trata-se de traduzir valores num contexto mediático”, acrescentou, durante um encontro sobre Comunicação da Igreja, destinado a responsáveis de instituições eclesiais e a profissionais dos media, que decorreu no Seminário de Nossa Senhora de Fátima, em Alfragide.

Para o sacerdote, os responsáveis pela comunicação numa instituição eclesial tem de ser “um vulcão de ideias” e desenvolver um trabalho que “requer profissionalismo”, traduzido também no “respetivo orçamento”.

O padre José María La Porte sublinhou também a necessidade de preparar os vários eventos comunicativos, tanto os que acontecem naturalmente como os que são provocados por serem “necessários”.

“60% da comunicação é preparação”, sustentou o especialista em comunicação institucional, no encontro promovido pelo Secretariado Geral da Conferência Episcopal Portuguesa.

Para o padre José María La Porte, “a improvisação implica perder o controlo da comunicação”, sublinhando por isso que a “preparação é um aspeto essencial”, nos diversos níveis de um processo comunicativo.

O professor universitário disse que é necessário “gerar uma cultura de comunicação” internamente, pensar num “discurso comunicativo”, definindo uma “estratégia informativa” para não ficar dependente dos media.

O padre José María La Porte referiu também que a credibilidade, a relevância e a empatia devem marcar o perfil das pessoas que falam em nome das instituições eclesiais.

PR

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Agência ECCLESIA

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