Encontro ibérico de responsáveis católicos pelo setor debateu importância das redes sociais
Urgell, Espanha, 05 jun 2013 (Ecclesia) – O padre Luís Miguel Rodrigues, professor da Universidade Católica Portuguesa, defendeu a necessidade de incorporar a “cibercultura” na vida da Igreja, onde as comunidades cristãs enfrentam o desafio da “virtualização”.
“Eu estou inserido na comunidade, vou à internet colocar o que eu sou e vivo, virtualizo, para me tornar próximo de outros que ainda não vivem numa comunidade como eu vivo”, explicou o sacerdote da Diocese de Braga, no Encontro Ibérico das Comissões Episcopais das Comunicações Sociais que hoje terminou em Espanha.
O responsável apresentou uma conferência sobre o tema ‘Profissão de fé e redes sociais’, sublinhando que a “interconexão”, o desenvolvimento de “comunidades virtuais” e a participação na “inteligência coletiva” que a Web gera são os meios a aproximar as culturas digitais e as eclesiais.
O padre Luis Miguel Rodrigues falou da importância de “virtualizar a experiência crente”, integrando o que é “virtual e atual sem excluir ninguém”.
“O ideal seria que o que está na internet seja uma oportunidade para interagirmos mais uns com os outros”, disse o sacerdote, para quem “a virtualização das comunidades” pode ajuda-las a serem “mais comunitárias”.
“Virtual não se opõe ao real. O virtual já é real. Só lhe faltam duas coisas: tempo e espaço. O virtual atualiza-se, toma corpo e tempo aqui e agora; existe e atualiza-se em cada momento”, explicou.
Como nas empresas, onde a “a informatização ajuda à organização”, “virtualizar a comunidade ajuda a que a comunidade seja mais comunidade”, precisou.
O Encontro Ibérico das Comissões Episcopais das Comunicações Sociais acontece anualmente para análise de temas relacionados com a pastoral das comunicações e partilha de projetos em curso em Portugal e Espanha.
PR/OC