«Este jornal foi sempre a voz de um acontecimento maior do que aquele lugar e que foi marcante e é marcante ainda hoje» – Padre Carlos Cabecinhas
Sintra, 10 fev 2022 (Ecclesia) – O Santuário de Fátima e o NewsMuseum, em Sintra, inauguraram hoje a exposição ‘Voz da Fátima: 100 anos a contar a história de uma mensagem em Portugal e no mundo’, dedicada ao centenário do órgão oficial do santuário português.
“Celebrar um centenário de existência de uma publicação periódica, de um jornal, hoje todos reconhecemos é obra”, disse o reitor do Santuário Fátima, na sessão de abertura da exposição, em formato audiovisual.
“Não diria que é um milagre, mas é obra”, acrescentou o padre Carlos Cabecinhas, respondendo a uma interpelação dos presentes.
O também diretor do jornal ‘Voz da Fátima’ sublinhou que “não é muito habitual” uma publicação periódica conseguir “tal longevidade”, o que responsabiliza o Santuário nacional, no sentido de cuidar desta publicação, “da sua apresentação, dos seus conteúdos”, para que continue a ser “significativa”.
O padre Carlos Cabecinhas destacou que o título do jornal oficial do santuário mariano da Cova da Iria “é sugestivo”, apresentando-se como a voz não apenas de um lugar, de uma instituição, mas de “um acontecimento”.
Este jornal foi sempre a voz de um acontecimento, acontecimento maior do que aquele lugar e que foi marcante e é marcante ainda hoje. A longevidade deste órgão de comunicação tem que ver com a importância do fenómeno Fátima e com a atualidade quer continua a ter hoje”.
O sacerdote explicou que este jornal nasceu para “levar Fátima para mais longe”, a quem não podia estar na Cova da Iria, e que, “por toda a parte”, queria conhecer o que aconteceu ali, “conhecer um pouco melhor os protagonistas, aprofundar a mensagem daquele lugar”.
Segundo o reitor do Santuário Fátima, o seu jornal foi também um “instrumento privilegiado” para ler a realidade portuguesa e realidade da Igreja em Portugal, mas também o mundo.
“Não podemos fazer a história de Fátima – mensagem, protagonistas, e acontecimentos – sem passarmos pelas páginas da ‘Voz da Fátima’. Podemos mas será sempre uma leitura parcial”, desenvolveu.
Já o presidente da Associação Acta Diurna, promotora do NewsMuseum, destacou que desde o início fizeram questão de ter a marca Fátima neste equipamento, que presta homenagem e dá informação relativamente aos media, às notícias, à comunicação, à imagem, “como um dos conteúdos fundadores”.
Luís Paixão Martins, antigo jornalista e consultor de comunicação, acrescentou que criaram um espaço que “vai muito para além do plano religioso da marca Fátima”, conhecida em todo o mundo.
Sobre o jornal centenário, o responsável destaca que este é hoje “um dos suportes impressos com maior expressão de tiragem da imprensa portuguesa”.
“Em Portugal costumamos considerar que há uma imprensa nacional, que se publica em Lisboa e no Porto, e que há uma regional. A ‘Voz da Fátima’ tem um grande papel em termos de presença na circulação e nas vendas a nível nacional”, desenvolveu.
O vice-presidente do Município de Sintra, Bruno Nobre Parreira, mostrou-se satisfeito com a inauguração desta exposição, assumindo-se como “peregrino” de Fátima.
“Ter aqui a ‘Voz da Fátima’ e Fátima em Sintra é um privilégio imenso. É isto que deve ser o NewsMuseum, esta constante atualidade relativamente àquilo que é preciso assinalar no domínio dos media, dos audiovisuais”, observou o autarca.
CB/OC