Responsáveis católicos e especialistas projetam celebração em encontro marcado para Lisboa
Lisboa, 08 mai 2013 (Ecclesia) – A Igreja Católica promove hoje em Lisboa uma sessão de apresentação do Dia Mundial das Comunicações Sociais, que se vai celebrar no domingo, com intervenções de responsáveis católicos e especialistas transmitidas também na internet.
A iniciativa decorre no auditório do Fórum Picoas (Lisboa), com intervenções de Filipa Martins (Portugal Telecom), Bento Oliveira (iMissio) e D. Pio Alves (presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais), a partir das 16h00.
Por essa hora, tem início a transmissão em direto na televisão, através do Meokanal ‘Ecclesia’ (524995), bem como na internet, em videos.sapo.pt, videos.sapo.pt/agenciaecclesia.
O Dia Mundial das Comunicações Sociais 2013 tem como tema ‘Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização’, por decisão de Bento XVI.
Segundo o diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS), a Igreja Católica deve fazer um “sério exame de consciência” relativamente à sua ação no campo dos media.
“Temo que possamos descobrir quão longe anda da nossa prática pessoal e eclesial a nossa boa teoria sobre os media, os seus recursos e consequências antropológicas e o seu potencial evangelizador”, escreve o cónego João Aguiar, no editorial semanal da Agência ECCLESIA.
O diretor do SNCS admite que há um caminho percorrido na formação profissional e progresso tecnológico, mas sustenta que “continua a faltar uma verdadeira pastoral da comunicação presente em toda a pastoral”.
Pedro Jerónimo, do Observatório do Ciberjornalismo, comenta a escolha do agora Papa emérito num artigo publicado na mais recente edição do Semanário ECCLESIA e sublinha que “face ao frenesim informativo” que frequentemente leva a “atropelos éticos, deontológicos e consequentemente à credibilidade dos media” esta busca pela verdade é “um bem precioso tanto para o jornalismo como para o cristianismo”.
Pedro Leal, diretor-adjunto de Informação da Rádio Renascença, refere por sua vez que “a presença da Igreja nas redes sociais surge como imperativa”, porque “tem de estar onde estão as pessoas”.
O padre Luís Figueiredo, da Arquidiocese de Braga, observa a este respeito que “o desejo de comunicar e de estar conectado, muito próprio da cultura digital, pode ajudar as comunidades a reanimarem o seu sentido de pertença eclesial”.
Na mesma edição, D. Pio Alves destaca que “a verdadeira conversa, o verdadeiro diálogo, não se parece nada às duas vias das autoestradas em que duas pessoas podem passar perto mas cada uma vai à sua vida, para destinos opostos”.
Para o bispo auxiliar do Porto, a redes sociais são uma “praça pública”, onde a qualquer hora é possível encontrar “gentes de todo o mundo” e que “podem ser estufas de mentira ou encontros de bem, de verdade e de beleza”.
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OC