Responsável da Google propôs no Vaticano a criação de uma estrutura permanente de diálogo
Cidade do Vaticano, 15 nov 2019 (Ecclesia) – O Vaticano acolheu um encontro de dois dias, dedicado à proteção de menores no mundo digital, com líderes religiosos, autoridades civis e representantes de companhias tecnológicas, da qual saiu a proposta de uma estrutura permanente de diálogo.
“A Google está aberta à ideia de criar, após a conferência, uma mesa permanente, reunindo empresas de tecnologia e organizações inter-religiosas, para reunir todas as partes interessadas envolvidas neste enorme empreendimento”, declarou durante o encontro Carlo d’Asaro Biondo, presidente das Parcerias Estratégicas da Google para a Europa.
A proposta para promover a prevenção de crimes sexuais infantis online foi acolhida pelos representantes da Amazon, Microsoft, Facebook e Apple presentas na iniciativa, aberta com um discurso do Papa Francisco.
A proposta chega na mesma semana em que o New York Times publicou um artigo alegando que as empresas líderes em tecnologia assumem sua responsabilidade considerando que a maior parte do material é enviada e armazenada nessas plataformas.
A Conferência sobre ‘Promoção da Dignidade Digital Infantil. Do Conceito à Ação’ foi concluída com intervenções de Najat Maalla M’jid, representante especial do secretário-geral da ONU para a área da Violência contra Crianças e do cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano.
Najat Maalla M’jid defendeu “o direito das crianças de serem ouvidas e poderem desempenhar um papel ativo no design e na implementação de soluções para os desafios que enfrentam online”.
“A participação ética e significativa das crianças exige que ofereçamos caminhos capacitadores, para que elas se tornem impulsionadoras da mudança”, indicou.
Já o cardeal Pietro Parolin expressou a determinação da Santa Sé de unir-se a todas as forças envolvidas na defesa dos menores, no mundo digital – empresas de tecnologia, media, legisladores, políticos, autoridades religiosas e líderes de organizações internacionais.
“O Papa Francisco está convencido de que este é um desafio global que exige uma resposta global”, referiu.
OC